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Segurança de Assange custou ao contribuinte britânico US$ 4,5 milhões

15 fev 2013 - 20h04
(atualizado às 20h28)
<p>O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, durante pronunciamento da janela da embaixada do Equador em Londres</p>
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, durante pronunciamento da janela da embaixada do Equador em Londres
Foto: Reuters

A conta da vigilância policial do fundador do WikiLeaks Julian Assange na embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado desde junho, supera 2,9 milhões de libras (o equivalente a 4,5 milhões de dólares ou 3,4 milhões de euros), segundo estimativa divulgada nesta sexta-feira pela Scotland Yard.

Vários agentes da polícia de Londres se revezam para ficar de guarda dia e noite em frente à representação diplomática sul-americana, situada no elegante bairro de Knightsbridge. O australiano já leva oito meses recluso por temer uma eventual extradição aos Estados Unidos. Os agentes têm ordem de prendê-lo se colocar o pé fora da sede diplomática por descumprir os termos de sua liberdade condicional.

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Assange se refugiou na embaixada do Equador no dia 19 de junho após esgotar todos os recursos legais no Reino Unido. O fundador do Wikileaks estava a ponto de ser extraditado para a Suécia, país em que é suspeito de ter cometido quatro delitos de agressão sexual dos quais não foi formalmente acusado.

A maior parte da conta policial, 2,3 milhões de libras (o equivalente a 3,6 milhões de dólares ou 2,7 milhões de euros), corresponde aos salários dos policiais, que teriam cobrado o mesmo que em qualquer tipo de missão, e as 600.000 libras restantes seriam referentes às horas extras.

Um porta-voz da embaixada apontou que o governo do Equador, que concedeu asilo político ao australiano no dia 16 de agosto, estava "preocupado com este custo significativo para o contribuinte".

"No entanto, acreditamos que este gasto poderia ser evitado se o governo britânico desse as garantias que o governo equatoriano busca de que não haverá extradição posterior de Julian Assange aos Estados Unidos", acrescentou. "Até que tenhamos estas garantias, o governo equatoriano continuará protegendo os direitos humanos de Julian Assange consagrados pelo direito internacional", concluiu.

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Assange sempre se declarou inocente dos crimes denunciados por duas mulheres com as quais ele afirma ter mantido relações consensuais durante uma viagem a Estocolmo em 2010. O australiano teme que a extradição à Suécia seja apenas uma etapa antes de sua entrega aos Estados Unidos.

O fundador do WikiLeaks e seus partidários acreditam que ele esteja sendo investigado por um grande tribunal sigiloso norte-americano pelo vazamento de dezenas de milhares de documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e de despachos confidenciais do Departamento de Estado, pelo que ele correria o risco de ser condenado à morte.

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