Chanceler alemã quer acordo internacional para proteção de dados

20 jul 2013 - 16h58
(atualizado às 17h03)

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse em entrevista, querer um um acordo mundial sobre a proteção de informações e dados pessoais após o escândalo envolvendo o programa de monitoramento americano, o Prism.

"Este deve ser nosso objetivo", disse Merkel, em entrevista publicada neste domingo pela revista Welt am Sonntag, ao ser questionada sobre a possibilidade de haver um acordo mundial sobre a proteção de dados similar ao protocolo de Kyoto sobre as mudanças climáticas.

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"Nós deveríamos ser capazes de assinar acordos mundiais em pleno século 21 (...) Se a comunicação digital traz à tona questões em todo o mundo, então nós devemos aceitar o desafio. A Alemanha vai se empenhar para isso", disse.

Merkel, que deve enfrentar as eleições legislativas no próximo 22 de setembro, sofre pressão desde o início das revelações sobre espionagem do ex-consultor da NSA, Edward Snowden.

Em entrevista neste sábado à rede de televisão ZDF, o ministro alemão do Interior, Hans-Peter Friedrich, pediu que os Estados Unidos forneçam informações detalhadas sobre o programa Prism. Ele afirmou ainda que especialistas vindos de diferentes países europeus e dos Estados Unidos devem se encontrar nas próximas segunda e terça-feira em Bruxelas para trocar informações sobre o assunto.

O ex-chefe da NSA, general Michael Hayden, também em entrevista à ZDF, afirmou que os serviços secretos europeus e americanos trabalharam nos últimos 12 anos - após os atentados do 11 de setembro - "um pouco em conjunto".

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"Há uma grande cooperação entre os serviços secretos amigos", disse Hayden. "Nós achamos simplesmente que quanto mais somarmos esforços, melhor poderemos proteger nosso país".

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