África: mais de 50 mil pessoas acompanham missa com Bento XVI
20 nov2011 - 08h41
(atualizado às 11h31)
Em missa celebrada neste domingo para mil fiéis reunidos no "Estádio da Amizade", em Cotonou, capital econômica de Benin, o papa Bento XVI fez um apelo aos africanos a se transformarem "em artesãos da reconciliação" nos conflitos, no último dia da visita que faz a Benin.
"Num momento em que tantas famílias estão separadas, exiladas, enlutadas pelos conflitos sem fim, sejam os artesãos da reconciliação e da esperança", exortou o pontífice durante a homilia.
A celebração, que começou às 9h30 locais (6h30 de Brasília) foi considerada o momento forte da segunda viagem de Bento XVI à África, em seis anos e meio de pontificado, após a visita à República de Camarões e Angola, em 2009.
O papa chegou ao estádio no papamóvel, e foi aclamado, em particular, quando tomou nos braços uma criancinha. Seu percurso, até o altar foi transmitido em telas gigantes, em meio à exclamação dos féis que aplaudiam cada aparição do sol entre as nuvens com um "Jesus!" e "Obrigada Senhor!".
Muitos vestidos com túnicas com a imagem do papa ou símbolos da igreja de Benin, os fiéis saudavam com pequenas bandeiras de Benin e do Vaticano.
Bento XVI incitou os africanos a não idolatrar o poder e o dinheiro, conclamando-os a ser generosos com "os marginalizados", referindo-se, em particular, às pessoas que sofrem.
"Dirijo-me com afeto a todos os que sofrem, aos enfermos, aos afetados pela Aids e outras doenças, a todos os que são esquecidos pela sociedade".
Devido à presença de africanos de língua inglesa, vindos principalmente da Nigéria, e de língua portuguesa, o papa falou também em inglês e em português.
A reconciliação, a paz e a justiça na África, um continente sacudido pelos conflitos de caráter político, étnico e religioso, foram temas do sínodo africano de 2009, realizado no Vaticano.
O pontífice, de 84 anos, que chegou na tarde de sexta-feira, assinou no sábado a exortação apostólica, saída dessa reunião, e que significa uma espécie de mapa do caminho para a Igreja Católica africana para as próximas décadas.
No texto de 135 páginas, a Igreja pede aos católicos que se posicionem com firmeza pela reconciliação, a defesa da família e a boa governança. Faz um apelo, também, à abolição da pena de morte, além de denunciar os maus-tratos a mulheres e crianças.
"Cara Igreja na África, que seja o sal da terra africana, abençoada pelo sangue de tantos mártires, homens, mulheres e crianças, testemunhas da fé cristã e que te ofertaram o dom supremo de sua vida", concluiu ele, em português.
"Mantenham a coragem! O papa está junto de vocês, com o pensamento e a oração", disse. Bento XVI retorna a Roma agora à tarde.
Mercado na cidade de Cotonou foi demolido para que a cidade esteja mais "apresentável" à visita do Papa. Trabalhadores e moradores estão participando dos esforços para limpar as ruas da cidade para receber o pontífice. Bento XVI, 84 anos, chega ao pequeno país nesta sexta-feira para uma visita de três dias
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Trabalhadores preparam igreja St. Michel para receber o papa Bento XVI em Cotonou
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Irmãs Missionárias visitam a paróquia de Santa Rita durante os preparativos para a chegada de Bento XVI
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Trabalhadores estendem banner com a imagem de Bento XVI na igreja de St. Michel
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Visita do Papa mobilizou o comércio beninês nas ruas da capital, Cotonou
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Cotonou, capital econômica de Benin, tem cartazes com imagens do Papa espalhadas por todos os cantos
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População está eufórica com a proximidade da chegada de Bento XVI ao país
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Bento XVI desembarca no aeroporto internacional Cardeal Bernardin Gantin, em Cotonou
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Sua Santidade recebe as boas-vindas de jovens beninenses no desembarque
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Bento XVI desfila em papamóvel durante cortejo religioso nas ruas da capital, Cotonou
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O líder religioso foi presenteado por jovens beninenses no desembarque
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O papa Bento XVI acena para fiéis na chegada do papamóvel à catedral de Notre Dame, em Cotonou. Milhares de africanos se aglomeraram para receber Sua Santidade na segunda viagem dele ao continente. Bento XVI pretende delinear o futuro da Igreja Católica na África para alavancar o crescimento de fiéis
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Papa Bento XVI beija um crucifixo na catedral de Cotonou
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O Papa, ao chegar em sua segunda viagem à África, na sexta-feira, pediu aos países africanos para resistirem à tentação de se renderem às forças do mercado
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O papa denunciou em Cotonou a corrupção, que segundo ele pode provocar "revanches às vezes violentas"
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Ele pediu aos governantes africanos que não privem seus povos da esperança
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O Sumo Pontífice acrescentou que estes males afetam a África, mas também o resto do mundo
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Bento XVI iniciou na sexta-feira uma visita de três dias ao Benin
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Esta é a segunda viagem do Papa ao continente africano
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Antes de Benin, ele já passou por Angola e Camarões em 2009
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Papa cumprimenta o ex-presidente do Benin, Mathieu Kerekou, e sua mulher no palácio presidencial de Cotonou
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Os católicos em Benin são quase três milhões, dos 8,779 milhões de habitantes, o que representa 34% da população
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Às 16h do horário local (12h de Brasília) se dirigirá ao aeroporto, onde se despedirá das autoridades do Benin e empreenderá a viagem de volta a Roma
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Durante a missa, foram usadas as línguas africanas bariba, mina, yoruba e dendi, assim como o francês, o inglês e o português
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Duzentos bispos de toda a África e mil padres participam da celebração, na qual também está o presidente do Benin, Thomas Boni Yayi
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O pontífice chegou ao estádio no "papamóvel" e foi recebido pelos presentes com cânticos populares do Benin
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Milhares de pessoas assistem no estádio de Cotonou à missa celebrada por Bento XVI
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O Papa Bento XVI foi a Benin entregar aos bispos as conclusões do sínodo sobre a África de 2009
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A visita durou três dias
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O país tem 9 milhões de habitantes e, segundo o Papa, é uma democracia de paz, que possui um relativo bom entendimento entre cristãos, muçulmanos e animistas
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Na manhã deste domingo, o Papa celebrou missa para mais de 50.000 pessoas no Estádio da Amizade de Cotonou
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