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EUA e Reino Unido criticam versão de morte de jornalista

Países suspeitam de versão apresentada pela Arábia Saudita sobre assassinato de Jamal Khashoggi

21 out 2018 - 10h50
(atualizado às 11h53)

O Reino Unido, os Estados Unidos e outros países aliados criticaram, neste domingo (21), a versão da Arábia Saudita sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, colunista "The Washington Post".

Khashoggi durante evento em Londres
 29/9/2018   Divulgação
Khashoggi durante evento em Londres 29/9/2018 Divulgação
Foto: Divulgação / Reuters

O ministro britânico para o Brexit, Dominic Raab, disse que a versão saudita "não é crível". "A morte do jornalista é um caso terrível", comentou em entrevista à rede BBC.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua vez, comentou que, "obviamente, houve um engano e foram faladas mentiras" pela Arábia Saudita. Já a União Europeia pediu que a Arábia faça uma investigação transparente sobre a morte do jornalista.

Jamal Khashoggi, de 59 anos, desapareceu no dia 2 de outubro, quando entrou no consulado saudita em Istambul, na Turquia, para renovar documentos. O profissional nunca mais saiu do prédio. A Turquia afirma estar investigando o caso. De acordo com fontes locais, Jamal Khashoggi foi assassinado e desmembrado dentro do consulado. Ele era um crítico ao regime saudita.

Países suspeitam de versão apresentada pela Arábia Saudita
Foto: EPA / Ansa

Oficialmente, a Arábia Saudita admitiu que Jamal Khashoggi morreu dentro do consulado, mas alegou que o jornalista se envolveu em uma discussão. Até agora, não há sinais do corpo do profissional.

Contradição

Apesar de ameaçar impor sanções à Arábia Saudita e de não acreditar na versão oficial da morte do jornalista Jamal Khashoggi, Trump continua afirmando que o governo saudita é um "aliado" no Oriente Médio.

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O presidente dos EUA também disse esperar que o príncipe Mohammed bin Salman não esteja envolvido no assassinato. Devido a isso, a posição do republicano tem sido vista como contraditória. "Ninguém me disse que ele é o responsável. E ninguém me disse que ele não é. Eu gostaria que ele não fosse", afirmou Trump.

O presidente também informou que não deixará o episódio interferir na venda de armas americanas à Arábia Saudita, como o acordo de US$ 100 bilhões anunciado no ano passado.

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