Soldado que vazou documentos sigilosos pede "perdão" por dano causado aos EUA

14 ago 2013 - 18h10

O soldado Bradley Manning pediu "perdão" nesta quarta-feira pelos danos causados aos Estados Unidos ao vazar milhares de documentos sigilosos ao portal Wikileaks e afirmou que foi "um iludido ao pensar que um analista iria mudar o mundo".

"Sinto ter prejudicado as pessoas. Sinto ter prejudicado os EUA", declarou o analista de inteligência de 25 anos na fase de sentença de seu julgamento.

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Em declaração com a voz embargada e perante a juíza Denise Lind, Manning pediu "uma oportunidade para voltar a se reintegrar à sociedade".

Além disso, ele lamentou "as consequências não propositais" de suas ações e, expressou seu compromisso de "melhorar" e reconheceu que terá que "pagar" por suas ações.

"Os últimos anos foram de aprendizagem (...) Quero ser uma pessoa normal, ir à universidade e me formar", afirmou.

Esta é a terceira vez que Manning presta declaração perante o tribunal. As duas anteriores foram em novembro de 2012, quando falou das duras condições de seu confinamento na prisão militar de Quantico (estado da Virgínia), e em fevereiro deste ano, ao ler uma declaração na qual confessou ter cedido segredos ao Wikileaks.

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Manning, que já foi declarado culpado de várias acusações de violação da lei de espionagem e de roubar informação secreta no final do mês passado, pode ser condenado a até 90 anos de prisão pelo vazamento dos documentos obtidos enquanto trabalhava como analista militar no Iraque.

Segundo especialistas em legislação militar, a sentença pode ser divulgada na próxima semana ou, caso a Promotoria precise de mais tempo depois de a defesa apresentar suas testemunhas, daqui a duas semanas.

  
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