URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Obama cancela viagem para Ásia devido à paralisação do governo dos EUA

4 out 2013 - 09h05
(atualizado às 09h48)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cancelou uma viagem à Ásia em que participaria de duas cúpulas internacionais devido à paralisação do governo norte-americano, levantando dúvidas sobre a mudança estratégica de eixo dos EUA para a região, anunciada há apenas dois anos.

Presidente dos EUA, Barack Obama, faz pronunciamento sobre o impasse no financiamento do governo durante evento no Estado de Maryland, vizinho ao Distrito Federal. Obama cancelou uma viagem à Ásia em que participaria de duas cúpulas internacionais devido à paralisação do governo norte-americano, levantando dúvidas sobre a mudança estratégica de eixo dos EUA para a região, anunciada há apenas dois anos. 3/10/2013.
Presidente dos EUA, Barack Obama, faz pronunciamento sobre o impasse no financiamento do governo durante evento no Estado de Maryland, vizinho ao Distrito Federal. Obama cancelou uma viagem à Ásia em que participaria de duas cúpulas internacionais devido à paralisação do governo norte-americano, levantando dúvidas sobre a mudança estratégica de eixo dos EUA para a região, anunciada há apenas dois anos. 3/10/2013.
Foto: Jason Reed / Reuters

Obama tinha planejado partir no sábado para uma viagem de uma semana a quatro países. Ele cancelou visitas à Malásia e às Filipinas no início desta semana por causa do impasse orçamentário no Congresso dos EUA, e disse na noite de quinta-feira que não compareceria a cúpulas regionais na Indonésia e em Brunei.

Publicidade

O impasse político sobre o orçamento norte-americano paralisou serviços estatais não essenciais e parece provável que se arrastasse por mais uma semana ou mais. Outra crise se aproxima em duas semanas, quando os parlamentares devem decidir se vão aumentar o limite de endividamento do governo norte-americano, atualmente em 16,7 trilhões de dólares.

"O presidente tomou essa decisão baseado na dificuldade em seguir adiante com uma viagem ao exterior frente à paralisação, e sua determinação de continuar insistindo em seu caso de que os republicanos deveriam permitir imediatamente uma votação para reabrir o governo", disse a Casa Branca.

Estavam programados encontros de Obama com o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, entre outros líderes, nas cúpulas.

Duas de suas principais metas eram discutir a crise síria com Putin e negociar um código de conduta marítima para territórios em disputa na região rica em gás e petróleo no mar do Sul da China.

Publicidade

"Estamos desapontados", disse o ministro da Informação da Indonésia, Tifatul Sembiring, na ilha de Bali, sede da cúpula da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico no domingo.

"Acho que a cúpula vai acontecer, há um plano a longo prazo. (Mas) sem Obama dá para imaginar como estamos desapontados. Dificilmente poderíamos imaginar que ele não viesse".

Obama também deveria comparecer à Cúpula do Sudeste Asiático, organizada pela Associação das Nações do Sudeste Asiático em Brunei na próxima semana.

Xi, que visitava a Malásia na sexta-feira, não comentou a decisão de Obama.

Mas analistas disseram que o não comparecimento do presidente norte-americano seria uma vantagem para a China.

"Embora sua decisão seja perfeitamente compreensível, projeta uma imagem enfraquecida da América como um país que é politicamente inepto e à beira de outra crise econômica", disse Ian Storey, analista do Instituto de Estudos do Sudeste Asiático, em Cingapura.

Publicidade

"Enquanto isso, a autoconfiante e rica China terá o palco para si".

Obama adiou duas vezes visitas a Indonésia e Austrália em 2010 por causa da lei da reforma no sistema de saúde e por causa do derramamento de petróleo no Golfo do México.

(Reportagem adicional de Manuel Mogato, em Manila, e Kiyoshi Takenaka, em Tóquio)

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se