O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou a decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e afirmou que está aguardando uma conversa com o presidente Donald Trump. A declaração foi feita em entrevista ao programa O É da Coisa, da BandNews, na noite desta terça-feira, 12.
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"Eu espero que algum dia eu possa encontrar com o presidente Donald Trump e conversar como dois seres humanos civilizados, como dois chefes de Estado, como deve ser a relação entre dois chefes de Estado", afirmou.
Lula destacou que manteve boas relações com presidentes americanos anteriores, desde Bill Clinton até Joe Biden, e negou que haja qualquer barreira por parte do Brasil para o diálogo com autoridades e empresários norte-americanos.
"Portanto, não é da parte do Brasil que tem algum empecilho na conversação com os Estados Unidos, nem com os empresários e nem com os políticos americanos", disse.
Segundo o presidente, a nova tarifa foi uma manobra inesperada. Ele contou que, após a primeira taxação de 10%, o governo brasileiro formou uma equipe para negociar com representantes do comércio norte-americano, realizando dez reuniões. Em 16 de maio, foi enviada uma nova carta solicitando resposta, que não teria chegado.
"Fomos pegos de surpresa com a carta, ficamos sabendo pela imprensa de uma carta ofensiva ao Brasil com algumas inverdades", relatou.
Lula também criticou o conteúdo do documento enviado por Trump, classificando-o como ofensivo à soberania nacional. "A carta era ofensiva e mexia na soberania brasileira, se metia em problemas que eram exclusivamente das autoridades brasileiras, que era o processo do ex-presidente Bolsonaro está sofrendo na Suprema Corte", declarou.
