Kerry: eleições na Síria são "farsa, insulto e fraude"

O secretário de Estado americano, John Kerry, criticou plano de regime sírio de celebrar eleições em plena guerra civil

15 mai 2014 - 12h51
<p>John Kerry criticou nesta quinta-feira o plano do regime sírio de Bashar al-Assad de celebrar eleições em plena guerra civil</p>
John Kerry criticou nesta quinta-feira o plano do regime sírio de Bashar al-Assad de celebrar eleições em plena guerra civil
Foto: Yuri Gripas / Reuters

O secretário de Estado americano, John Kerry, criticou nesta quinta-feira o plano do regime sírio de Bashar al-Assad de celebrar eleições presidenciais em plena guerra civil, o que chamou de "fraude".

As eleições de 3 de junho são "uma farsa, um insulto e uma fraude", disse Kerry em Londres, após uma reunião internacional para avaliar a situação na Síria, afetada há três anos por uma guerra civil. Representantes de 11 países, os chamados "Amigos da Síria", se reuniram na presença de integrantes da oposição de Damasco.

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O grupo é formado por Estados Unidos, Reino Unido, Egito, França, Alemanha, Itália, Jordânia, Catar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos.

Em um comunicado, o Amigos da Síria denunciou o plano "unilateral" do regime de Assad de organizar eleições presidenciais em 3 de junho.

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O secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague, anunciou que concederá nível diplomático aos escritório da oposição síria em Londres
Foto: Paul Hackett / Reuters

"É um desprezo pelas vidas inocentes perdidas no conflito, contradiz os acordos de Genebra e é uma paródia de democracia (...) para: aumentar o apoio à oposição moderada da Coalizão Nacional Síria e seus grupos armados associados moderados; cobrar o regime de Assad pelo terror que impõe ao próprio povo e aumentar os esforços para entregar a ajuda humanitária", diz o texto.

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O governo britânico anunciou ainda que concederá o nível diplomático aos escritório da oposição síria em Londres.

"Decidimos aumentar o status do escritório do representante da Coalizão Nacional em Londres para missão (um nível ainda inferior ao de embaixada), em reconhecimento ao poder de nossa aliança", disse o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague.

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