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Exército do México resgata 165 imigrantes ilegais perto da fronteira

6 jun 2013 - 18h40
(atualizado às 19h00)

O Exército do México resgatou nesta semana 165 imigrantes ilegais, a maioria de centro-americanos, que foram sequestrados por um grupo criminoso enquanto tentavam chegar aos Estados Unidos, afirmou o governo nesta quinta-feira.

Entre os libertados na terça-feira estão 77 salvadorenhos, 50 guatemaltecos, 23 hondurenhos, 14 mexicanos e um indiano, incluindo 20 crianças e duas mulheres grávidas, disse a jornalistas o porta-voz do gabinete de segurança, Eduardo Sánchez.

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Os imigrantes, detidos no violento Estado de Tamaulipas, foram resgatados por soldados depois de serem mantidos reféns durante um período de duas a três semanas em condições insalubres em uma casa no município de Gustavo Diaz Ordaz, a menos de 1 quilômetro da fronteira com os Estados Unidos.

"As vítimas afirmaram que tinham a intenção de entrar nos Estados Unidos, mas foram detidas contra a sua vontade, enquanto o suposto grupo criminoso entraria em contato com suas famílias através de chamadas telefônicas para exigir diversas quantidades de dinheiro", disse Sanchez.

Grupos criminosos, como o sanguinolento Zetas, frequentemente sequestram imigrantes ilegais com destino aos Estados Unidos para forçá-los a cometer crimes, como tráfico de drogas, ou pedir dinheiro para parentes na América Central, em troca de sua liberdade sob a ameaça de assassinato.

Em agosto de 2010, 72 imigrantes ilegais da América Central e do Sul foram mortos pelo grupo Zetas em um rancho na cidade de San Fernando, no Estado de Tamaulipas. Em 2011, cerca de 200 corpos de imigrantes, muitos deles mexicanos, foram encontrados em valas comuns na mesma área.

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Segundo a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH), mais de 11 mil imigrantes ilegais foram sequestrados no México de abril a setembro de 2010.

Durante o governo do ex-presidente Felipe Calderón (2006-2012) e nos primeiros meses do governo do presidente Enrique Peña, cerca de 75 mil pessoas foram mortas em atos supostamente ligados ao crime organizado e outras 26 mil estão desaparecidas, segundo dados oficiais.

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