O Exército dos Estados Unidos não vai ignorar nenhuma conduta imprópria do sargento Bowe Bergdahl, ex-prisioneiro do Taliban, mas ele deve ser considerado inocente até que se prove o contrário, disse o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Martin Dempsey.
“Questões sobre essa conduta particular como soldado estão separadas de nossos esforços para recuperar qualquer integrante do serviço militar detido pelo inimigo”, disse Dempsey em uma publicação em sua página do Facebook nesta terça-feira.
O soldado foi capturado em circunstâncias não conhecidas no leste do Afeganistão em 30 de junho de 2009, cerca de dois meses após chegar ao país. Muitas autoridades do governo dos EUA disseram acreditar que ele foi capturado após abandonar sua unidade, violando o regulamento militar dos EUA.
Bergdahl, mantido por cinco anos no Afeganistão, foi libertado na semana passada em uma troca de prisioneiros com o Taliban intermediada pelo governo do Catar. Cinco militantes do grupo islâmico foram soltos da prisão norte-americana de Guantánamo, em Cuba, e levados ao Catar.
“Essa foi provavelmente a última e melhor oportunidade para libertá-lo”, disse Dempsey.
O general disse que os militares vão questionar Bergdahl sobre as circunstâncias de sua captura.
“Como qualquer americano, ele é inocente até que seja provada sua culpa”, acrescentou o general. “Os líderes do nosso Exército não vão ignorar condutas impróprias caso tenham ocorrido. Nesse período, vamos continuar a cuidar dele e de sua família”.