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EUA afirmam que seguirão se opondo a resoluções "anti-Israel" na Unesco

13 out 2016 - 20h26

Os Estados Unidos seguirão se opondo às resoluções "anti-Israel" na Unesco como fez com o texto aprovado nesta quarta-feira que nega todo o vínculo entre o Monte do Templo de Jerusalém e o judaísmo, limitando-se a considerá-lo como um lugar de culto muçulmano, no qual está a Mesquita de al Aqsa.

"Os EUA se opõem com firmeza a estas resoluções. Estamos profundamente preocupados com esse tipo de resoluções politizadas recorrentes que não contribuem para avançar em resultados construtivos no terreno e que não pensamos que deveriam ser adotadas", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner.

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A resolução, proposta pela Palestina e rejeitada por Israel, foi adotada hoje com 24 votos a favor, 26 abstenções e seis votos contrários, entre eles o dos EUA, no Conselho Executivo da Unesco, composto por 58 países.

Questionado sobre a resolução em sua entrevista coletiva diária, Toner afirmou que as resoluções anti-Israel foram um desafio recorrente na Unesco nos últimos anos e lembrou que, "obviamente, os EUA "se opuseram com firmeza a todas elas no Conselho Executivo".

"Esse tipo de visão politizada recorrente ressalta a necessidade de os EUA reafirmarem sua liderança dentro da Unesco", completou.

O porta-voz admitiu que essa influência "se debilitou" desde 2011, quando o país deixou de pagar suas cotas no órgão em resposta à admissão da Palestina como Estado-membro. "Vamos seguir trabalhando com o Congresso para fazer uma emenda quanto a isso e buscar maneiras nas quais possamos pagar essas dívidas para poder, outra vez, ser um membro pleno da Unesco", indicou Toner.

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A resolução aprovada hoje na Unesco desaprova de forma taxativa a atitude de Israel com relação ao acesso ao Monte do Templo e se refere a ele unicamente como Mesquita de al Aqsa, classificando-o de local único do islã.

Considerado o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos após Meca e Medina, a mesquita foi erguida em um local que os judeus consideram ter abrigado dois templos bíblicos, o de Salomão, destruídos pelos babilônios no século VI a.C, e o de Herodes, derrubado pelas legiões romanas no ano 70 d.C.

Israel, que controla o Monte do Templo desde a Guerra dos Seis Dias (1967), quando ocupou a parte oriental de Jerusalém, permite que os muçulmanos rezem no local, mas, em algumas ocasiões, restringe seu acesso por motivo de seguranças.

  
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