Bill Cosby afirma que racismo influenciou acusações de abuso sexual

16 mai 2017 - 22h37

O humorista e ator americano Bill Cosby declarou nesta terça-feira, em seu primeira entrevista em dois anos, que seu julgamento por abuso sexual pode ser explicado por motivações racistas, apesar de ter sido denunciado por mulheres brancas e negras.

Em uma entrevista à emissora de rádio "Sirius-XM", Cosby, que no próximo mês enfrentará um julgamento por supostos abusos sexuais, sugeriu que o racismo pode estar por trás da mais de uma dezena de denúncias de mulheres nos últimos anos.

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"Acredito que muito do que aconteceu pode perfeitamente se dever a isso (ao racismo)", afirmou Cosby, de 79 anos, acrescentando que há pessoas que querem acabar com sua carreira.

O ator de séries como "The Cosby Show" assegurou que "não" comparecerá para apresentar uma alegação de defesa por escrito perante o tribunal que lhe julgará a partir do próximo mês pelos supostos abusos após drogar Andrea Constand em 2004.

Depois desse caso, dezenas de mulheres denunciaram publicamente terem sido vítimas de abusos similares por parte de Cosby desde os anos 60.

Na entrevista, Cosby, que não quis ser categórico em muitas das respostas para evitar novos processos por difamações ou que afetem o iminente julgamento, insistiu que a inundação de denúncias é parte de uma estratégia para desacreditá-lo.

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O humorista disse ainda que espera reconstruir sua reputação e salientou seu desejo de voltar a atuar, à margem do resultado do julgamento.

"Ainda sinto que tenho muito que oferecer (...). Quero voltar a rir e a desfrutar das coisas que escrevi e interpretei no palco", completou o ator.

Como condição para esta entrevista exclusiva, o locutor Michael Smerconish se comprometeu a emitir declarações das filhas de Cosby nas quais diziam que "o racismo exerceu um papel no escândalo", e que o ator "respeita as mulheres".

  
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