O enviado das Nações Unidas à Líbia afirmou, neste sábado, que esperava que os portos de petróleo, fechados antes de uma cúpula em Berlim que busca uma trégua no país, serão reabertos em breve, mas "não consegue fazer uma previsão".
Terminais de exportação de óleo ao redor do leste e da região central da Líbia foram fechados na sexta-feira, por tribos aliadas ao comandante Khalifa Haftar, cujo Exército Nacional da Líbia (LNA, sigla em inglês) está em uma guerra de nove meses com forças governamentais sob o controle da capital Tripoli.
Diplomatas veem o fechamento como uma jogada de poder do LNA que busca aumentar a pressão antes de uma conferência, neste domingo, em Berlim, na qual a Alemanha busca pressionar por uma trégua duradoura.
A estatal NOC declarou força maior nas exportações de óleo dos portos de Brega, Mas Lanuf, Hariga, Zueitina e Es Sider, dizendo que os fechamentos resultariam na perda de 800.000 barris por dia.
O enviado da ONU, Ghassan Salame, afirmou que a cúpula provavelmente discutiria os fechamentos para evitar que eles durem semanas ou meses, como confiscos anteriores de instalações.
"Se a situação não for resolvida entre hoje (sábado) e amanhã (domingo), espero que o assunto seja discutido, sim", disse à Reuters, em Berlim.
Mas por volta de 600 homens da tribo, acampados em frente ao porto de Zueitina, disseram que manteriam os terminais fechados até que o leste do país possa exportar seu próprio óleo, sem passar por Tripoli.
"Não reabriremos os terminais sem garantias internacionais", disse Osman Saleh, líder tribal, à Reuters, em uma tenda onde seus companheiros sentavam bebendo chá e ouvindo discursos provocativos.
