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Síria diz que possível ataque dos EUA "fará arder todo Oriente Médio"

Neste sábado, Obama e Cameron discutiram a situação da Síria por telefone

24 ago 2013 - 17h55
(atualizado às 20h00)
<p>Materais químicos e máscaras de gás são fotografadas em um depósito na linha de frente dos confrontos entre a oposição e as forças do governo</p>
Materais químicos e máscaras de gás são fotografadas em um depósito na linha de frente dos confrontos entre a oposição e as forças do governo
Foto: Khaled al-Hariri / Reuters

O governo da Síria disse neste sábado que um ataque dos Estados Unidos contra o país árabe "teria graves repercussões e seria uma bola de fogo que faria arder todo o Oriente Médio". Neste sábado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, conversaram por telefone sobre a situação no país.

Em extratos de uma entrevista divulgada pela televisão estatal síria, o ministro da Informação da Síria, Omran al Zubi, disse que as pressões dos Estados Unidos são uma "perda de tempo". Além disso, afirmou que o governo sírio "continuará o combate contra o terrorismo até o final".

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O ministro reiterou que seu governo e as tropas leais ao presidente Bashar al-Assad "não usaram nem usarão" armamento químico, como acusa a oposição e os rebeldes. O dirigente reafirmou a acusação feita hoje pelo exército sírio de que foram os rebeldes que utilizaram agentes químicos nos enfrentamentos deste sábado em Yobar, subúrbio de Damasco.

Autoria de ataque químico na Síria é desconhecida
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Em comunicado, uma fonte militar assegurou que soldados sírios "viram elementos químicos e sofreram asfixia" quando entravam em refúgios dos rebeldes em Yobar. "Cerca de 20 soldados foram transferidos urgentemente ao hospital após terem inalado agentes químicos em Yobar, e alguns deles se encontram em estado crítico", disse a fonte.

Além disso, o exército teria descoberto remédios contra a inalação de agentes químicos, assim como um grande número de máscaras antigás.

A acusação do regime veio pouco depois da chegada hoje a Damasco da representante da ONU para Assuntos de Desarmamento, Angela Kane, que terá como missão convencer as autoridades sírias a permitir o acesso imediato à área do suposto ataque com armas químicas na periferia da capital.

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Obama e Cameron discutem possível ataque

Obama e Cameron conversaram sobre a situação na Síria e manifestaram sua "grave preocupação" com as informações sobre o uso de armas químicas.

Em um comunicado, a Casa Branca informou que os dois líderes "continuarão mantendo consultas" em torno do suposto uso de armas químicas por parte do regime do presidente Bashar al-Assad contra a oposição armada, "assim como sobre a possível resposta da comunidade internacional".

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou neste sábado ter contabilizado 322 mortos vítimas de "gases tóxicos" nas proximidades de Damasco na última quarta-feira, incluindo "54 crianças, 82 mulheres e dezenas de rebeldes".

Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), cerca de "3.600 pacientes com sintomas neurotóxicos" chegaram na quarta-feira a três hospitais da província de Damasco após o suposto ataque com armas químicas.

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