China se diz pronta para ajudar UE em pesquisa sobre vacina

Líderes europeus e chineses realizaram encontro bilateral

22 jun 2020 - 14h47
(atualizado às 15h29)

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, afirmou nesta segunda-feira (22) que seu país está disposto a colaborar com a União Europeia tanto para buscar uma vacina eficiente contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) bem como para encontrar tratamentos.

China e UE realizaram encontro por videoconferência e debateram temas de interesse
China e UE realizaram encontro por videoconferência e debateram temas de interesse
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Keqiang, de acordo com informações da emissora chinesa "CCTV", ressaltou que a cooperação com os europeus "supera a concorrência" e que os chineses estão dispostos a "aprofundar" a colaboração sobre o tema.

Publicidade

O encontro foi o primeiro desde que comissários do bloco acusaram a China de divulgar informações falsas sobre a pandemia e se deu como parte da 22ª Reunião China-EU. Por conta da crise sanitária, as conversas foram realizadas por videoconferência.

Por sua vez, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que seu país "é uma oportunidade e não uma ameaça" para os europeus.

"Continuaremos a aprofundar as reformas e a ampliar a abertura que dará à Europa um novo ciclo de oportunidades e de cooperação, além de espaço de desenvolvimento. Não existe um conflito de interesses fundamentais entre China e Europa: a cooperação é muito maior do que a competição e o consenso é muito maior do que as diferenças. As duas partes devem se respeitar e buscar um campo em comum", acrescentou Jinping, conforme a agência de notícias estatal Xinhua.

Do lado do bloco econômico, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falou sobre a importância da parceria, mas também comentou a questão dos direitos humanos no país asiático.

Publicidade

"A pandemia da Covid e uma série de importantes desafios bilaterais e multilaterais mostram claramente que a parceria UE-China é fundamental, seja em termos de comércio, clima, tecnologia e defesa do multilateralismo. Mas, até que as nossas relações se desenvolvam mais, precisam ser baseadas em regras e em reciprocidade com o objetivo de atingir condições de igualdades reais", afirmou von der Leyen.

Segundo a presidente da Comissão, a União Europeia considera que "os direitos fundamentais e as liberdades não são negociáveis".

Seguindo a mesma linha, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que o bloco se mantém preocupado com a situação em Hong Kong após a aprovação por Pequim da polêmica lei de segurança nacional.

"Nós expressamos nossa preocupação. Apoiamos o princípio de 'um país, dois sistemas", disse Michel ressaltando que hoje foi possível ter uma "discussão intensa, franca e direta, sem tabus" sobre os mais diversos temas. De acordo com o representante, "em alguns, tivemos consenso", mas em outros não, sem informar aos jornalistas quais seriam esses assuntos.

  
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se