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Assassino de ex-premiê japonês Shinzo Abe queria construir bomba

Tetsuya Yamagami usou arma artesanal no ataque contra ex-premiê

10 jul 2022 - 09h50
(atualizado às 10h30)

Tetsuya Yamagami, o ex-militar que matou o ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, disse à polícia que queria construir uma bomba caseira. A informação foi publicada pela agência de notícias Kyodo, que cita "fontes investigativas". Yamagami, 41 anos, usou uma arma artesanal no atentado contra Abe, e a polícia encontrou outros artefatos similares em sua casa na cidade de Nara.

Momento da prisão de Tetsuya Yamagami, autor de ataque contra Shinzo Abe
Momento da prisão de Tetsuya Yamagami, autor de ataque contra Shinzo Abe
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Em seu depoimento, o agressor revelou que também tentou fazer uma bomba, mas sem explicar qual seria a finalidade.

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O ex-militar das Forças de Autodefesa do Japão ainda negou motivações políticas em seu ato e disse que Abe era ligado a uma suposta "organização religiosa" para a qual sua mãe havia feito uma "grande doação", causando problemas financeiros à família.

Ainda de acordo com a Kyodo, Yamagami contou que inicialmente planejava atacar um "dirigente" desse grupo, mas depois mudou de ideia e decidiu matar Abe, que participava de um comício em Nara na última sexta-feira, 8.

A polícia não divulgou detalhes sobre qual seria essa suposta organização religiosa.

O ataque

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Abe foi baleado pelas costas enquanto discursava no comício de um aliado que disputa as eleições legislativas deste domingo, 10.

Socorrido imediatamente e levado a um hospital, o ex-premiê não resistiu a uma grave hemorragia interna e teve a morte confirmada horas depois.

O corpo do ex-primeiro-ministro já foi restituído para a família em Tóquio, e o funeral está previsto para a próxima terça (12), após uma vigília marcada para esta segunda-feira, 11.

Shinzo Abe foi o premiê mais longevo na história do Japão e governou o país em duas ocasiões: primeiro entre setembro de 2006 e setembro de 2007 e depois entre dezembro de 2012 e setembro de 2020, quando renunciou repentinamente por motivos de saúde.

Em seu período no poder, defendeu o aumento dos investimentos em defesa, rompendo com a tradição pacifista do Japão no pós-guerra, e implantou uma cartilha econômica apelidada de "Abenomics", com políticas monetárias expansionistas e reformas estruturais.

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