Taiwan apresenta mísseis para conter possível ataque chinês
11 ago2011 - 08h22
(atualizado às 08h57)
Taiwan exibiu novos mísseis e 161 novos armamentos, adquiridos ou desenvolvidos localmente, em uma feira de tecnologia militar inaugurada nesta quinta-feira em Taipei.
A mostra, que coincide com o início dos testes no mar do primeiro porta-aviões chinês, procura expôr o desenvolvimento militar de Taiwan, uma ilha que até o momento depende das vendas de armas americanas para enfrentar as ameaças chinesas de invasão.
Pequim, apesar do notável avanço nos laços civis e econômicos entre as duas partes do estreito de Formosa, se nega a renunciar ao uso da força militar para conseguir a união com a ilha e está embarcada em uma importante modernização militar.
Os Estados Unidos, por sua vez, atrasam a decisão sobre a venda à ilha de aviões de combate F-16 C/D, o que pode representar conceder a hegemonia aérea à China no estreito de Formosa, conforme analistas ilheus e americanos.
Entre as equipamentos militares exibidos estão mísseis supersônicos contra navios Hsiung-feng III (HF-3). O HF-3 foi desenvolvido totalmente pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Chung Shan de Taiwan.
"Os HF-3 podem facilmente afundar navios e deter uma invasão naval", disse o subdiretor do projeto de desenvolvimento dos mísseis, Chiang Wu-ying, em entrevista coletiva.
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A ilha está disposta a comercializar mísseis e outras invenções militares, que ressaltam o valor econômico dos desenvolvimentos militares de Taiwan.
O Ministério da Defesa de Taiwan é um dos 90 participantes da Exposição Aeroespacial e de Tecnologia Militar de Taipei, que inaugura nesta quinta-feira e dura quatro dias.
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Trabalhadores caminham no porto de Mykolayiv, na Ucrânia, em 1997. À época, o Varyag (ao fundo), ainda na sua carcaça soviética
Foto: AP
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Em 2002, o Varyag já estava no porto de Dalian, no nordeste da China, onde começou a ser reformado. O plano inicial era transformá-lo em um cassino marítimo
Foto: AP
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Trabalhadores dão os últimos retoques no porta-aviões Shi Lang, em Dalian
Foto: Reuters
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Foto de abril deste ano mostra o Varyag em constantes reformas no porto de Dalian. A embarcação foi comprada da Rússia, em 1990
Foto: AP
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O Varyag deve ser renomeado Shi Lang. Com ele, a China se torna o 10º país contemporâneo a deter uma embarcação do tipo
Foto: AP
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Planejava-se inaugurar o Varyag no dia 1º de julho, data das celebrações da fundação do Partido Comunista Chinês, mas a estreia foi adiada
Foto: AP
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O governo comunista da China comprou a carcaça do Varyag dos soviéticos para transformar o porta-aviões em símbolo de potência
Foto: Reuters
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Além do aguardado porta-aviões, a China tem construído novos submarinos, navios e mísseis balísticos anti-navios como parte de sua esrtatégia de modernização naval
Foto: Reuters
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"Sua importância simbólica supera sua importância prática", avalia Ni Lexiong, um especialista em política marítima chinesa da Universidade de Ciências Políticas e Direito da Universidade de Xangai
Foto: Reuters
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Com o Varyag, a China se soma a Índia e Tailândia como os únicos países asiáticos a possuírem porta-aviões