Os ventos estão afastando para o oceano a radioatividade que paira sobre o Japão e outros países, indicou nesta terça-feira uma porta-voz da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU.
"Todas as condições meteorológicas estão levando (a radioatividade) para o mar, sem implicações para o Japão ou outros países próximos", afirmou Maryam Golnaraghi, coordenadora do programa de redução de riscos em desastres nucleares.
As condições "vão variar à medida que os sistemas meteorológicos evoluem", explicou Golnaraghi. "Ainda não poderemos dizer, ao longo dos próximos dois ou três dias, o que vai acontecer", acrescentou.
Mais cedo, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) havia alertado para a emissão direta de substâncias radioativas na atmosfera.
"As autoridades japonesas informaram hoje à AIEA às 04h50 (0h50 de Brasília) que a piscina de depósito de combustível usado do reator número 4 da central de Fukushima Daiichi estava em chamas, e que emitia radioatividade diretamente na atmosfera", indicou a AIEA em um comunicado.
O incêndio do reator 4 está "aparentemente apagado", indicou a mídia japonesa.
"O incêndio que aconteceu no quarto andar do reator 4 está aparentemente apagado", indicou a agência Jiji.
Além disso, as autoridades japonesas informaram à AIEA que uma explosão ocorreu no reator da mesma central às 06h20 (02h20 de Brasília).
"Foram aferidas no local taxas de radioatividade de até 400 millisieverts por hora", acrescentou a AIEA.
Segundo um porta-voz do governo japonês, a preocupação agora é com os reatores 5 e 6 de Fukushima, que registraram uma leve alta da temperatura nesta terça-feira.
"Observamos uma leve elevação da temperatura nos reatores 5 e 6", disse Yukio Edano, porta-voz do governo.
Estas duas unidades estavam desligadas para manutenção no dia no terremoto. Para especialistas, o aquecimento pode se dever a um problema no sistema de resfriamento.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 2,7 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso,s prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.
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Embarcações arrastadas pelo tsunami foram parar no meio de uma avenida na cidade de Kesennuma, no norte do país
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De bicicleta, homem passa em frente a um navio virado pelo tsunami que atingiu a cidade de Hachinohe, na província de Aomori
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Virados, navios flutuam em meio a óleo que vazou na água, na cidade de Fudai, na província de Iwate
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Homem passa de moto e observa um barco que era usado para pesca de lula, que foi arrastado pela água, em Hachinohe
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Moradora da cidade de Hachinohe observa navios e carro que foram jogados pelo tsunami, na província de Aomori
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Barco de pesca que foi levado pela água ficou virado de lado, em Hachinohe, em Aomori
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Pessoas observam navio que foi arrastado para fora do mar pela força do tsunami na cidade de Kamaishi
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Moradores de Kesennuma carregam pertences e passam por navio que ficou preso na margem de um rio, em Kesennuma
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Uma balsa parou em cima de uma casa depois do tsunami que atingiu a cidade de Otsuchi, na província de Iwate
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Levado pela água, navio foi parar no canteiro de uma avenida, na província japonesa de Aomori
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Na província de Aomori, dois navios foram arrastados para fora do mar e ficaram jogados na costa
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Barcos pesqueiros foram arrastados pela água e ficaram no píer, em Oarai, na província de Ibaraki
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Em meio ao caos em que se transformou a rua, um barco de pesca ficou atravessado, em Miyako
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Homem caminha entre carros, destroçoes de construções e um barco que avançou sobre rua em Miyako
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Água inunda a cidade de Asahikawa e carrega arrasta barcos para a terra, logo depois da chegada do tsunami
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Casal observa o casco de um navio que interditou uma avenida na cidade de Hachinohe, em Aomori
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Navio foi arrastado até uma área devastada da cidade de Kesennuma, na província de Miyagi
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Grande embarcação foi parar em meio às casas destruídas pelo terremoto seguido de tsunami
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Navio de grande porte foi arrastado até a costa e ficou preso depois que a água baixou
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homens observam um grande navio que foi levado pelo tsunami até a cidade de Hachinohe, em Aomori
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Homens das forças de segurança japonesas buscam por vítimas perto de navio arrastado pela água, em Higashimatsushima
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Policiais trabalham em meio a destroços acumulados em uma rua para onde um barco foi arrastado, em Hachinohe
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Homens passam por barco de pesca que foi levado pelo tsunami, na cidade de Natori, província de Miyagi
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Em Kesennuma, a paisagem foi mudada pelo tsunami: construções desabaram e um navio foi arrastado até a cidade
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Carros passam por barco de pesca que foi parar em uma avenida, em Hachinohe, na província de Aomori
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Navios foram arrastados pelo tsunami e ficaram próximos um do outro no porto de Kesennuma
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As ondas gigantes provocadas pelo terremoto tiraram navios do mar e os jogaram em terra firme
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Em imagem aérea, navio fica encalhado no porto de Sendai, a cidade mais atingida pelo tsunami
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Navio foi arrastado pela água até uma pequena cidade na província de Miyagi, no norte do país
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