Japão proíbe que jornalista vá à Síria após execuções do EI

Por motivos de segurança, o Ministério das Relações Exteriores retirou o passaporte do fotógrafo freelancer Yuichi Sugimoto

8 fev 2015 - 03h32
(atualizado às 09h47)
Os dois supostos japoneses aparecem em novo vídeo do Estado Islâmico
Os dois supostos japoneses aparecem em novo vídeo do Estado Islâmico
Foto: Twitter

O governo do Japão confiscou o passaporte de um fotógrafo que se dispunha a viajar para a Síria para cobrir o conflito civil, uma medida destinada segundo as autoridades a "proteger sua vida", informou neste domingo a imprensa local.

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As autoridades tomaram esta decisão após o sequestro e execução de dois cidadãos japoneses por parte do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que também ameaçou assassinar cidadãos japoneses "seja onde for que estiverem".

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Trata-se da primeira vez que o Ministério das Relações Exteriores retira por motivos de segurança o passaporte de um cidadão japonês que se dispunha a viajar ao exterior, segundo disseram fontes governamentais à agência local Kyodo.

O homem, o fotógrafo freelancer Yuichi Sugimoto, criticou esta medida ao considerar que "infringe a liberdade de expressão", segundo disse ao citado meio.

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O Ministério, por sua vez, assinalou que aplicou a legislação que contempla a retirada do passaporte de um cidadão "para impedir que viaje e com o objetivo de proteger sua vida".

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As autoridades souberam da intenção de Sugimoto de viajar à Síria para cobrir o conflito ao ler uma entrevista que concedeu a um meio japonês, e decidiram confiscar seu passaporte depois que o fotógrafo se negou a cancelar seus planos, segundo a emissora estatal NHK.

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