O Japão registrou aumento nos ataques de ursos em áreas urbanas em 2025, com 12 mortes, levando o governo a mobilizar as Forças de Autodefesa e adotar medidas emergenciais de segurança.
O Japão registrou 12 mortes por ataques de ursos até outubro de 2025, o dobro do ano anterior, quando seis pessoas perderam a vida. E os ataques têm acontecido inclusive em áreas urbanas. Por causa da situação, o Ministério do Meio Ambiente anunciou que vai destinar verbas para a contratação de caçadores licenciados, responsáveis por lidar com os animais que invadem áreas habitadas.
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A Lei de Proteção e Gestão da Vida Selvagem também foi revisada. Agora, prefeitos poderão ordenar “caças emergenciais” caso os ursos sejam vistos em zonas urbanas.
Segundo a imprensa japonesa, encontros com ursos são comuns em regiões montanhosas, quando pessoas entram na mata em busca de plantas medicinais. Entretanto, nos últimos meses, os animais passaram a ser vistos no meio das cidades.
Ataques
Na província de Iwate, um homem de 67 anos foi encontrado morto no jardim de sua casa. Já em Shirakawa-go, na província de Gifu, um turista foi atacado enquanto aguardava em um ponto de ônibus.
A província de Akita também obteve autorização para que as Forças de Autodefesa atuem no apoio às equipes locais. No entanto, os militares não terão autorização para abatê-los, atuarão somente na instalação de armadilhas e assistência na captura.
Por que estão aumentando os ataques?
As autoridades locais acreditam que o aumento dos ataques está ligado à má colheita de nozes de faia, principal alimento desses animais. Com menos comida disponível nas florestas, os ursos famintos têm sido atraídos para áreas residenciais.
O país abriga duas espécies: o urso-negro-japonês, encontrado principalmente na ilha de Honshu, e o urso-pardo, maior e mais agressivo, que vive em Hokkaido.