Coreia do Sul fecha reatores nucleares com certificação falsa

28 mai 2013 - 09h37
(atualizado às 09h40)

A Coreia do Sul informou nesta terça-feira que vai suspender as operações de dois reatores nucleares e prorrogar a interdição de um terceiro para substituir cabos fornecidos com base em certificados falsos, numa decisão que pode acarretar escassez elétrica na quarta maior economia da Ásia.

O governo alertou que s interdições podem causar um racionamento elétrico "sem precedentes" no próximo verão boreal. Em novembro, a Coreia do Sul já havia suspendido as operações em alguns dos seus 23 reatores devido à descoberta de que algumas peças eram fornecidas com certificações falsificadas.

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Pobre em recursos energéticos próprios, a Coreia do Sul emprega a energia nuclear em cerca de um terço da sua matriz energética.

Kim Kyun-seop, presidente e executivo-chefe da empresa Korea Hydro and Nuclear Power, subsidiária da estatal Korea Electric Power, disse que as novas interdições não têm relação com os fatos de novembro.

O novo caso diz respeito às certificações de cabos no valor de 6 bilhões de wons (5,35 milhões de dólares), instalados em 2008, segundo Kim e funcionários do Ministério da Energia, que não citaram os nomes dos fornecedores.

Os reatores, com capacidade de 1 gigawatt cada, devem passar cerca de quatro meses fechados, segundo o governo. Dois dos reatores ficam em Kori (320 quilômetros a sudeste de Seul), e o outro fica em Wolsong (a 280 quilômetros da capital). Um quarto reator, recém-construído em Wolsong, e ainda à espera da aprovação operacional, também terá os cabos substituídos, segundo nota do governo.

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A presidente Park Geun-hye prometeu numa reunião ministerial que o caso será minuciosamente investigado. O Ministério da Energia disse que vai pedir à entidade internacional Tuv Sud, voltada à avaliação da segurança em instalações nucleares, para que inclua o novo caso em uma revisão da segurança de todos os reatores, que começou nesta semana.

As autoridades dizem que os apagões na Coreia do Sul devem se agravar em agosto, quando as temperaturas ficam mais altas e a demanda dispara. Entre as medidas cogitadas, a serem apresentadas na sexta-feira, estão um racionamento em rodízio e a ampliação de feriados, para reduzir a demanda.

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