Argentina impõe a mais severa proibição a viagens na América, provocando protestos

27 abr 2020 - 19h47

A Argentina proibiu todas as vendas de passagens aéreas comerciais até setembro, numa das mais duras restrições de viagens no mundo em razão do coronavírus, fazendo a indústria alertar que a medida pressionará companhias aéreas e aeroportos.

Aviões da Aerolineas Argentinas parados em aeroporto de Buenos Aires, em meio à pandemia do coronavírus. 21/4/2020. REUTERS/Miguel Lo Bianco/File Photo
Aviões da Aerolineas Argentinas parados em aeroporto de Buenos Aires, em meio à pandemia do coronavírus. 21/4/2020. REUTERS/Miguel Lo Bianco/File Photo
Foto: Reuters

Enquanto as fronteiras do país estão fechadas desde março, o novo decreto vai além, proibindo até 1º de setembro a compra e venda de voos comerciais a partir, com destino, ou dentro da Argentina. O decreto, assinado pela nesta segunda-feira pela Administração Nacional de Aviação Civil, que afirmou que "foi entendido como razoável" implementar as restrições.

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Muitos países da América do Sul, incluindo Equador, Peru e Colômbia, têm proibido todos os voos comerciais por enquanto, mas nenhum estendeu a restrição de forma tão longa quanto a Argentina. Estados Unidos, Brasil e Canadá impuseram restrições, mas não proibições.

"O problema era que as companhias aéreas estavam vendendo passagens sem terem autorização para viajar para solo argentino", disse um porta-voz do presidente Alberto Fernandez.

A proibição pressiona a Latam, que tem uma importante operação doméstica na Argentina, e tem buscado ajuda de vários governos. A maior companhia local, a Aerolineas Argentinas, é estatal e pode sobreviver enquanto o governo estiver disposto a subsidiá-la.

A proibição também afetaria companhias menores e de baixo custo, que cresceram rapidamente na Argentina com o apoio do ex-presidente Mauricio Macri, como a FlyBondi no mercado interno, e SkyAirlines e JETSmart, que voam internacionalmente.

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