O Departamento de Segurança Interna acusou as autoridades democratas da cidade de não cooperarem com a polícia federal de imigração (ICE) de Trump por adotarem políticas de "santuário", que limitam a colaboração entre forças locais e agentes federais para supostamente proteger migrantes de possíveis deportações.
Na véspera, Trump reiterou sua intenção de enviar militares da Guarda Nacional à cidade, como já fez desde junho em Los Angeles, Washington e Memphis, sempre contra a vontade das administrações locais democratas. Segundo ele, os reforços são necessários para combater a criminalidade e apoiar as operações da ICE.
O Departamento de Segurança Interna detalhou em comunicado que a operação mira "imigrantes em situação irregular criminosos em liberdade por causa das políticas de santuário" adotadas pelas autoridades locais.
Prisões
Um fotógrafo da AFP registrou prisões na manhã desta quarta-feira como parte da operação. Trump tem feito da luta contra a "imigração irregular" uma prioridade, descrevendo-a como uma "invasão" de criminosos estrangeiros e divulgando amplamente as expulsões de imigrantes.
O governo norte-americano insiste em associar criminalidade à imigração e afirma que as ações visam "os piores dos piores", ou seja, imigrantes que cometeram crimes. Mas dados obtidos pelo Cato Institute indicam que apenas 5% dos detidos desde o início do ano fiscal, em 1º de outubro, foram condenados por violência, enquanto cerca de 70% não têm antecedentes criminais.
O Departamento de Segurança Interna contesta esses números e sustenta que "70% das prisões feitas pela ICE envolvem estrangeiros em situação irregular acusados ou condenados por crimes nos Estados Unidos".
Com AFP