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Protestos continuam em enterro de jovem morto na Venezuela

Agitação mais grave se deu novamente em San Cristóbal

25 fev 2015 - 19h44
(atualizado às 20h58)
Manifestantes se reúnem em protesto contra adolescente morto no Estado de Táchira, na Venezuela. 25/02/2015.
Manifestantes se reúnem em protesto contra adolescente morto no Estado de Táchira, na Venezuela. 25/02/2015.
Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters

Protestos esporádicos se espalharam por diferentes partes da Venezuela nesta quarta-feira após um policial ter matado a tiros um adolescente durante uma manifestação contra o governo do presidente Nicolás Maduro na inquieta cidade de San Cristóbal.

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A agitação mais grave se deu novamente em San Cristóbal, onde parentes consternados de Kluibert Roa, de 14 anos, organizaram uma vigília e um funeral em seguida à morte do garoto, na terça.

Testemunhas disseram que dezenas de manifestantes mascarados enfrentaram as forças de segurança em ruas bloqueadas por lixo e pneus na cidade andina, a mesma que foi um dos epicentros dos protestos contra Maduro no ano passado, durante os quais 43 pessoas morreram.

Autoridades locais declararam um dia de luto e muitas lojas ficaram fechadas tanto em homenagem a Roa como por medo.

“Meu filho não era nem um apoiador da oposição nem um ‘chavista’, ele era meu filho”, disse o pai Erick Roa no funeral. “Eles mataram uma pessoa inocente.”

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Cerca de 200 estudantes e vizinhos estão acampados no local da morte de Roa, onde um altar foi instalado em sua homenagem.

Maduro, sucessor do falecido líder socialista Hugo Chávez, condenou a morte de Roa, mas também acusou radicais violentos de San Cristóbal e outros lugares de quererem derrubá-lo.

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As circunstâncias exatas da morte de Roa continuam sem esclarecimento.

Parentes e estudantes insistem que ele era apenas um observador nos protestos e foi alvejado à queima-roupa, enquanto as autoridades dizem que ele foi atingido quando a polícia se viu encurralada por meliantes.

Um policial de 23 anos foi detido e acusado pela morte.

Em Caracas, dezenas de simpatizantes da oposição se reuniram em frente ao Ministério do Interior e saíram em passeata em direção ao gabinete do enviado do Vaticano.

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Na cidade de Maracaibo, no oeste do país, membros da oposição encapuzados queimaram um caminhão com remédios, disse Maduro. “Isso é uma luta democrática ou terrorismo?”, perguntou o presidente durante um comício na cidade de Guayana, no sul.

A tensão política na Venezuela se agravou na semana passada com a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que foi acusado de dar suporte a uma suposta tentativa de golpe contra Maduro.

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