Ex-mulher de promotor argentino duvida da tese de suicídio

Alberto Nisman foi achado morto um dia antes de apresentar no Congresso supostas provas de uma denúncia contra Cristina Kirchner e seu chanceler

20 jan 2015 - 17h24
(atualizado às 18h42)
Promotor argentino Alberto Nisman, que investigava um atentado a bomba de 1994 em Buenos Aires, durante reunião com jornalistas em seu gabinete, em Buenos Aires, em julho de 2013
Promotor argentino Alberto Nisman, que investigava um atentado a bomba de 1994 em Buenos Aires, durante reunião com jornalistas em seu gabinete, em Buenos Aires, em julho de 2013
Foto: Marcos Brindicci / Reuters

A ex-mulher e mãe das duas filhas do promotor argentino responsável pelo caso do atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994, encontrado morto no domingo em Buenos Aires, declarou nesta quarta-feira que duvidava da hipótese de suicídio.

"Não acredito que tenha sido suicídio", declarou ao entrar no Ministério Público a juíza Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher do promotor Alberto Nisman, encontrado morto no domingo, um dia antes de apresentar no Congresso supostas provas de uma forte denúncia contra a presidente Cristina Kirchner e seu chanceler, Héctor Timerman.

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A mulher recebeu a notícia da morte de Nisman na Espanha, onde estava junto das duas filhas de 7 e 15 anos, que estavam viajando pela Europa com o pai, quando na semana passada ele interrompeu repentinamente suas férias para voltar a Buenos Aires.

"Não posso fazer suposições. Ainda não prestei depoimento", insistiu a juíza.

De acordo com a necropsia, o promotor morreu por um tiro na têmpora e não havia outras pessoas no local.

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