No Egito, o Tribunal Penal do Cairo decidiu nesta quinta-feira (22) libertar os filhos do ex-presidente Hosni Mubarak, Alaa e Gamal, que estavam presos na prisão de Tora, no Cairo, enquanto se repete um julgamento dos dois por apropriação indébita de fundos públicos.
Fontes da Justiça egípcia informaram à agência Efe que a decisão responde a um pedido realizado pelo advogado de Alaa e Gamal, Farid al Dib, e que a corte exigiu que os dois possam ser localizados pela Corte o tempo todo.
Em 13 de janeiro, o Tribunal de Cassação anulou a condenação contra Mubarak e seus filhos, de três e quatro anos de prisão, respectivamente, pelo caso de desvio de fundos públicos. Ainda não se sabe se o ex-presidente, deposto em 2011 e atualmente sob prisão domiciliar em um hospital militar do Cairo, também será libertado.
O Tribunal de Cassação do Egito ordenou neste mês a repetição do julgamento no qual a família Mubarak é acusada de apropriação indevida de 125 milhões de libras egípcias (R$ 44 milhões na conversão atual) destinadas ao orçamento dos palácios presidenciais.
O advogado de defesa disse na ocasião que, seus clientes tinham que ser libertados imediatamente, mas o Ministério do Interior argumentou que Mubarak e seus filhos permaneceriam detidos até decisão contrária da Procuradoria Geral ou do novo tribunal encarregado de repetir o julgamento.
Em 29 de novembro de 2014, um tribunal absolveu Mubarak e seus filhos de dois casos de corrupção relacionados à venda irregular de gás para Isael, por falta de provas, e à aquisição de cinco mansões na cidade de Sharm el-Sheikh, pela prescrição do delito.
As decisões da Justiça geraram muitas críticas no Egito, pois a maioria das figuras do regime de Mubarak estão sendo libertadas.
