Governo nega recuo nos cortes na Educação

Informação, porém, foi desmentida em seguida pela Casa Civil, pelo MEC e pela equipe econômica

14 mai 2019 - 21h52
(atualizado às 22h25)

Deputados que haviam se reunido com o presidente Jair Bolsonaro na tarde de desta terça-feira, 14, disseram após o encontro que o governo iria rever o bloqueio de recursos no orçamento da Educação. Líderes de quatro legendas, entre eles do partido do próprio presidente, disseram que Bolsonaro telefonou para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e determinou que novos cortes deixem de ser feitos.

A informação foi dada pelos líderes do PSL, Delegado Waldir (GO), do Novo, Marcel Van Hattem (RS), do Podemos, José Nelto (GO), e do Cidadania, Daniel Coelho (PE). "O presidente falou que não haverá contingenciamento na pasta da Educação", disse Diego Garcia (Pode-PR), que participou da reunião. Estavam presentes ainda parlamentares de PV, PSC e Patriotas. A reunião ocorreu às 18h, logo após a Câmara aprovar a convocação de Weintraub.

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Ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante audiência no Senado
07/05/2019 REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante audiência no Senado 07/05/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Adriano Machado / Reuters

Após deputados narrarem a ordem de recuo no MEC, a Casa Civil desmentiu em nota: "Não procede a informação de que haverá cancelamento do contingenciamento no MEC. O governo está controlando as contas públicas de maneira responsável".

O MEC afirmou que a ligação entre o presidente e o ministro nem sequer existiu. Após a confusão, Weintraub dirigiu-se ao Planalto para falar com o presidente. Segundo o MEC, Bolsonaro disse a ele que o bloqueio será mantido. O Ministério da Economia disse em nota que a Presidência não pediu revisão no contingenciamento.

O Estado procurou novamente os líderes. Van Hattem se disse "surpreso" com o desmentido. Garcia também reafirmou ter visto o telefonema. O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, enviou o seguinte esclarecimento: "O presidente disse que, se dependesse dele, não haveria corte em nenhum ministério. Contudo, afirmou sermos escravos da lei de responsabilidade fiscal".

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