O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou nesta segunda-feira (22) a intenção de iniciar a construção de uma nova categoria de navios militares para a Marinha. O projeto, designado como classe Trump, prevê o desenvolvimento de navios de guerra com especificações de dimensão, velocidade e capacidade bélica superiores às das unidades atualmente existentes na frota dos EUA.
De acordo com o anúncio, o planejamento inicial contempla a fabricação de duas unidades dessa nova classe. O objetivo do governo federal é que a produção seja ampliada futuramente, visando um total que varia entre 20 e 25 embarcações.
Durante o pronunciamento oficial, realizado em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, o presidente indicou que a prioridade é a entrega imediata de equipamentos militares. O cronograma do governo busca reduzir o tempo de fabricação, que atualmente se estende por períodos de 10 a 15 anos em projetos de defesa.
Na próxima semana, está prevista uma reunião entre a presidência e lideranças do setor de defesa. A pauta do encontro concentrar-se-á em dois pontos principais:
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Atrasos na produção: Medidas para acelerar o fluxo de entrega de equipamentos.
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Gestão orçamentária: Estratégias para conter o excedente de custos em projetos militares.
O governo dos EUA planeja a implementação de uma ordem executiva para alterar a gestão financeira de empresas contratadas pelo Pentágono. A medida visa impor restrições sobre a recomposição de ações e a remuneração de executivos em companhias que apresentarem orçamentos excedidos ou cronogramas em atraso. Além disso, a proposta inclui limitações ao pagamento de dividendos nessas condições específicas.
As ações anunciadas pelo Executivo ocorrem em um cenário de críticas frequentes por parte da administração e do Pentágono em relação ao funcionamento da indústria bélica. O diagnóstico oficial aponta que o sistema atual de produção de equipamentos de defesa é caracterizado por custos elevados e baixa flexibilidade.
O objetivo das novas diretrizes e da ordem executiva é assegurar que o capital destinado à defesa seja convertido na aquisição direta de aviões e navios, em detrimento de práticas financeiras corporativas das fornecedoras que não contribuam para a agilidade da produção militar.