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Bolsonaro afirma ter apoio de deputados emedebistas

Crítico ao governo, presidenciável diz que já conta com 20 nomes do partido de Michel Temer, mas não os cita

27 jun 2018 - 05h03
(atualizado às 09h08)

O deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que pelo menos 20 parlamentares do MDB vão apoiar sua candidatura à Presidência da República nas eleições 2018. O partido tem como pré-candidato ao Planalto o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Questionado pelo Estado sobre quem são os apoiadores, Bolsonaro disse que ainda não poderia revelar nomes. Citou apenas o deputado Rogério Peninha, emedebista de Santa Catarina, entre eles.

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Bolsonaro tem feito críticas ao governo Michel Temer. Em fevereiro, chamou de "política" a intervenção na segurança pública do Rio. "Temer já roubou muita coisa aqui, mas o meu discurso ele não vai roubar, não", disse Bolsonaro na ocasião. O Planalto não comentou. Já Meirelles declarou, em abril, que a pré-candidatura de Bolsonaro traz "instabilidade".

Pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante sabatina em Brasília
Pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante sabatina em Brasília
Foto: Adriano Machado / Reuters

Além dos 20 políticos do MDB, segundo o presidenciável do PSL, outros 50 parlamentares já indicaram apoio à sua candidatura. Peninha confirmou que é um dos 20 parlamentares do MDB que apoiarão Bolsonaro. Segundo ele, o presidenciável tem ajudado na aprovação de seu projeto de lei de mudança do Estatuto do Desarmamento e tem viajado com ele para municípios de seu Estado.

"O Meirelles entrou há pouco tempo no MDB e não tem identificação conosco. Minha posição com todos os caciques do partido já está bem clara. Mal vejo o Meirelles. Prefiro apoiar quem realmente confio. Bolsonaro é corajoso e tem visão de País", afirmou.

"Estamos falando com os parlamentares individualmente. Há deputados de vários partidos demonstrando apoio, como do PR, PROS e DEM. Só não teremos o apoio de nenhum partido da esquerda", disse Bolsonaro ao Estado.

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Nesta terça-feira, 26, no Rio, o presidenciável do PSL minimizou o impacto em sua campanha de eventual aliança com partidos implicados em investigações. "Os caras querem me apoiar. Por que só pega mal para mim? Ninguém questiona o Henrique Meirelles sobre o Temer, ninguém questiona o Geraldo Alckmin (pré-candidato pelo PSDB) sobre o Aécio Neves", afirmou, em referência ao presidente e ao senador, alvo de inquéritos.

As articulações para alianças estão sendo conduzidas pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Elas teriam começado após Bolsonaro ser criticado por não ter apoio no Congresso, caso eleito, por pertencer a um partido pequeno.

Segundo Onix, 84 deputados de todos os partidos "do centro para a direita" sinalizaram apoio ao deputado. "Até semana que vem, vamos apresentar uma lista com 100 deputados", disse o parlamentar.

Vice

Bolsonaro também afirmou que, no mês que vem, terá uma resposta do senador Magno Malta (PR-ES) sobre se ele aceitará ser o seu vice. "Ele quer esperar um pouco para tomar a decisão. Talvez decida mês que vem. Pode ser que queira continuar como senador. Independentemente disso, ele terá alguma participação na minha candidatura", disse o deputado.

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Bolsonaro participou, na tarde desta terça-feira, da posse do general Antonio Hamilton Mourão como presidente do Clube Militar, no Rio. O general de reserva já chegou a afirmar que as Forças Armadas poderiam optar por uma "intervenção militar" caso o Judiciário não solucionasse o problema político do País.

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