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Reforma do Ensino Médio prejudica escolas menores e periféricas, aponta Mônica Ribeiro

Coordenadora do Observatório do Ensino Médio afirma que reforma do Novo Ensino Médio impactará prioritariamente alunos da rede pública

12 mai 2023 - 05h00
Mônica Ribeiro é coordenadora do Observatório Ensino Médio
Mônica Ribeiro é coordenadora do Observatório Ensino Médio
Foto: Gilson Camargo/Arquivo pessoal

A reformulação no currículo do Ensino Médio deverá impactar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e impactar alunos que prestarão a prova em 2024. A conclusão é de Mônica Ribeiro, coordenadora do Observatório do Ensino Médio e da rede em pesquisa sobre a reforma. 

Em entrevista ao Terra, Mônica explicou que as mudanças devem receber mais atenção por parte do governo brasileiro, uma vez que os problemas da proposta recaem sobre os estudantes de escolas públicas estaduais - modalidade com 85% de matrículas no País.

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A especialista enumera esses problemas, como a falta de escolha que tira o protagonismo do jovem no itinerário formativo.

"Outra questão é a oferta desigual da possibilidade de itinerários conforme o território, justamente nas escolas menores e periféricas, além do acesso ao conhecimento prejudicado pela redução da carga horária em média de disciplinas que antes ocupava os currículos do Ensino Médio, inclusive, prejudicando o desempenho desses estudantes no Enem", argumenta. 

O programa do Novo Ensino Médio sugere uma reforma na base curricular dos alunos do 1º, 2º e 3º anos. A reformulação é amparada pela Lei nº 13.415, aprovada em 2017, que estabelece a oferta de disciplinas obrigatórias e optativas para os alunos.

Desde 9 de março a implementação do modelo está suspensa, devido à abertura de uma consulta pública para avaliar as mudanças previstas. De acordo com o Ministério da Educação, a consulta deve ficar em vigor por 90 dias, podendo ser prorrogada. 

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Para Mônica, os professores e estudantes estão ausentes nas audiências públicas e essa questão pode ser limitadora, restringindo a participação mais efetiva e crítica do que esses grupos estão vivendo nas escolas públicas. 

"É importante uma certa agilidade no governo atual para reparar os danos causados, principalmente aos estudantes", comenta. 

Fonte: Redação Terra
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