O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou o cancelamento de cirurgias e consultas em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), como forma de protestar contra o programa Mais Médicos, anunciado pelo governo federal.
"O ministério da Saúde está com as postas abertas para ouvir sugestões. Mas não concordo que se prejudique a população que às vezes espera meses por uma cirurgia ou para uma consulta. Apresentem as propostas concretas, mas não partam para uma tática que prejudique a população", disse ao se referir à paralisação que profissionais de Saúde fizeram na terça-feira em vários Estados do País.
O ministro informou que passou a manhã na faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP) ouvindo professores, representantes de estudantes e médicos, que apresentaram sugestões ao Mais Médicos. Segundo Padilha, o governo está aberto ao diálogo para aprimorar o programa.
"Quem vier apresentar propostas, se manifestar e discutir soluções, elas serão muito bem-vindas. Não acho correto prejudicar a população, cancelando cirurgias e consultas por um programa que não baixa o salário de ninguém não tira emprego de ninguém, pelo contrário, gera empregos e oportunidade para médicos brasileiros", concluiu.
O ministro deu as informações depois de participar, no centro do Rio de Janeiro, da inauguração do Instituto Estadual do Cérebro (IEC). O Ministério da Saúde vai custear 50% dos gastos de manutenção da unidade. Padilha assinou a portaria durante a cerimônia. O percentual corresponde a R$ 45,3 milhões por ano, que vai cobrir ainda os custos do Hospital Estadual Anchieta, instalado no Caju, zona portuária do Rio. A unidade vai prestar suporte clínico aos pacientes do IEC.
Médicos fazem greve contra medidas do governo federal
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31 de julho - Médicos realizam protesto no centro de Florianópolis
Foto: Hermeto Garcia
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31 de julho - Os manifestantes protestam contra recentes decisões do governo, incluindo projeto de contratação de profissionais estrangeiros
Foto: Hermeto Garcia
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31 de julho - Médicos realizam manifestação na Cinelândia no Rio de Janeiro
Foto: Reynaldo Vasconcelos
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31 de julho - Os manifestantes protestam contra o programa Mais Médicos e pedem melhorias em condições de trabalho
Foto: Reynaldo Vasconcelos
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30 de julho - Não fique com cara de palhaço: é com essa frase que médicos saíram às ruas do Rio de Janeiro nesta terça-feira para "tomar uma atitude" contra as propostas do governo federal para a saúde. A mobilização dos médicos acontece em todo o País, com greve geral de dois dias
Foto: Reynaldo Vasconcelos
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30 de julho - Médicos usaram nariz de palhaço como forma de protesto no Rio de Janeiro
Foto: Reynaldo Vasconcelos
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30 de julho - Em Belo Horizonte (MG), a greve dos profissionais teve reflexos no atendimento à população. As unidades de saúde ficaram lotadas sem o atendimento emergencial
Foto: Léo Fontes / O Tempo
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30 de julho - Em Manaus (AM), o Sindicato Médico disse que ameaças de dirigentes das unidades de saúde prejudicou a adesão à greve
Foto: Simeam
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30 de julho - Médicos e estudantespartiram em caminhada do Hospital Walfredo Gurgel com destino a sede do Governo do Estado, em Natal (RN)
Foto: Frankie Marcone
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30 de julho - Em Curitiba, cerca de 1 mil médicos fizeram marcha nesta terça-feira
Foto: Roger Pereira
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30 de julho - Eles se reuniram na praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba, e caminharam por todo o calçadão da rua Quinze de Novembro
Foto: Roger Pereira
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30 de julho - Depois da caminhada, os médicos se dividiram em diversos pontos de Curitiba para coletar assinaturas para um abaixo-assinado contra o programa Mais Médicos
Foto: Roger Pereira
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30 de julho - Os médicos manterão a greve até a noite desta quarta-feira, quando reúnem-se em assembleia para deliberar os rumos do movimento
Foto: Roger Pereira
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30 de julho - OS médicos levaram tambores e também gritaram palavras de ordem contra o governo federal
Foto: Roger Pereira
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30 de julho - Em Curitiba, os manifestantes também usaram nariz de palhaço e os jalecos brancos
Foto: Roger Pereira
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30 de julho - Nos cartazes, os médicos de Curitiba aproveitaram para criticar a presidente Dilma
Foto: Roger Pereira
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30 de julho - Os manifestantes também criticam o veto da presidente à Lei do Ato Médico, que regulamenta a profissão
Foto: Roger Pereira