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Estudantes não entram em acordo e mantêm ocupação na USP Leste

15 out 2013 - 18h31
(atualizado em 16/10/2013 às 11h37)
<p>Manifestantes percorreram a avenida Faria Lima nesta terça-feira</p>
Manifestantes percorreram a avenida Faria Lima nesta terça-feira
Foto: João Geraldo / vc repórter

Estudantes e diretores da Universidade de São Paulo (USP) não chegaram a um acordo quanto as reivindicações dos alunos que ocupam o prédio da administração da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Leste, na capital paulista. A reunião durou toda a manhã e, segundo Maria Salete Perrone, representante dos estudantes, ficou decidido um novo encontro para esta quarta-feira.

Os alunos reivindicam eleições diretas para reitor, votação paritária entre as três categorias (alunos, funcionários e professores) e fim da lista tríplice, que confere ao governador a escolha do reitor entre os três nomes mais votados. Os estudantes ocupam o prédio desde o dia 1º deste mês e a Justiça já determinou a reintegração de posse do prédio.

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Em nota divulgada há pouco pela assessoria de imprensa, a Each USP Leste confirmou a reunião de amanhã, quando pretende discutir as reivindicações dos alunos. "As propostas discutidas serão apresentadas à congregação, órgão consultivo e deliberativo superior da escola, que se reunirá, em sessão extraordinária, logo após a reunião com o comando da greve", diz a nota.

Com relação à questão da contaminação do solo do campus da unidade leste da universidade, que concentra gás metano proveniente do desassoreamento do Rio Tietê, a representante dos alunos disse que o assunto não foi tratado na reunião, mas deve ser tema nos próximos encontros. A contaminação foi o estopim para a greve e a ocupação do prédio da reitoria, no dia 1º, já que os alunos pediam providências em relação ao problema.

No dia 10 de outubro, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) deu à USP Leste um prazo de dez dias para readequar seu plano de ação, que foi entregue ao órgão no dia 2, após a universidade ter recebido um auto de infração que apontava descumprimento de 11 exigências no campus, entre as quais a implantação de um sistema de extração de gases do subsolo.

Protesto

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Alunos e professores da USP organizaram uma manifestação para esta terça-feira. A marcha, que ganhou corpo com a adesão de manifestantes solidários às causas da pauta, começou no meio da tarde e partiu do Largo da Batata, passando pelas avenidas Faria Lima e Rebouças, no sentido Palácio dos Bandeirantes.

Os organizadores cobram o fim do modelo atual para a escolha do reitor da Universidade de São Paulo (USP); reajuste de 36,74% salarial para os professores da rede estadual; cumprimento de jornada estabelecida pela lei do piso: no mínimo 33% do piso da jornada de trabalho para atividades de formação e preparação de aulas; explicações por parte do governo estadual sobre a contaminação no terreno da USP Leste; e o fim da progressão continuada ou "aprovação automática" na educação básica. 

Colaborou com esta notícia o internauta João Geraldo, de São Paulo (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Agência Brasil
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