Um dos aspectos fundamentais para promover a saúde mental no ambiente de trabalho é assegurar que as pessoas poderão ser quem são, sem receios de preconceito ou perseguição por questões de gênero, raça, religião ou idade. Os grupos de afinidade, cada vez mais comuns nas empresas, ajudam a amadurecer essas discussões ao envolver os colaboradores em temas ligados à diversidade e inclusão.
A Arteris, gestora de concessões rodoviárias, vem alcançando resultados com ações para ampliar a representatividade feminina. Nos últimos três anos, a presença de mulheres em posições de liderança estratégica subiu de 28% para 34% - resultado direto do aumento da contratação de mulheres para esses cargos, de 17% para 58% no mesmo período.
"Reconhecemos o desafio e a responsabilidade na promoção da equidade de gênero. Desde 2022, vinculamos metas de representatividade à política de incentivos de longo prazo, com resultados concretos e crescentes", diz Roberto Paolini, diretor executivo de Pessoas e Organização. A empresa também mantém um grupo dedicado à temática de gênero, com a participação de mais de 30 representantes de diferentes níveis hierárquicos e áreas de atuação.
Representatividade
Na Concilig, empresa de telesserviços e terceirização de processos de negócios, a inclusão da comunidade LGBTQIAPN+ é parte da estratégia de negócio. A empresa mantém o programa PlurAll, comitê de Diversidade e Inclusão que reúne colaboradores voluntários em reuniões para levantamento de pautas e treinamentos de respeito à diversidade sexual e de gênero. As práticas já implementadas incluem capacitação em linguagem inclusiva para líderes (a fim de reduzir vieses inconscientes) e campanhas de sensibilização em datas como Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ e Dia da Visibilidade Trans.
A empresa investe também na diversidade etária, com o programa que promove a reinserção de pessoas com mais de 50 anos no mercado. "A iniciativa surgiu da percepção de que esse público enfrentava dificuldades de recolocação, apesar de ter experiência, comprometimento e estabilidade emocional", diz Rodrigo Mandaliti, sócio-presidente da Concilig. Hoje, 5% dos colaboradores estão na faixa etária de 45 a 55 anos e 2% têm mais de 55 anos.
Na TP Brasil, que atua na gestão de relacionamento com o cliente e em serviços digitais, o destaque é o respeito racial: 53% dos colaboradores se autodeclaram pretos ou pardos, sendo que 61% desse grupo é formado por mulheres pretas. Importante é que o alto nível de representatividade se estende aos níveis hierárquicos superiores: 45% dos cargos de gestão são ocupados por pessoas pretas. Nos últimos 12 meses, 52% das contratações e 49% das promoções envolveram profissionais pretos e pardos.
"Como homem preto ocupando um cargo importante em uma empresa com mais de 24 mil colaboradores, vejo a diversidade não apenas como um princípio, mas como parte essencial de nossa identidade", diz João Paulo Teodoro, vice-presidente de Tecnologia, Segurança e Projetos. "A presença de tantos profissionais pretos em posições de liderança mostra como criamos um ambiente onde as oportunidades surgem naturalmente, permitindo que cada talento se desenvolva."
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