O combate à desinformação sobre as enchentes no Rio Grande do Sul se intensifica com a união de esforços do governo federal, através da Advocacia-Geral da União (AGU), e das principais plataformas digitais que operam no Brasil. As ações visam conter a disseminação de notícias falsas que prejudicam os trabalhos de resgate e assistência às vítimas da tragédia.
Ofício da Secom pede investigação de influenciadores e contas em redes sociais
No dia 7 de maio, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, encaminhou um ofício ao Ministério da Justiça e Segurança Pública solicitando a investigação de influenciadores digitais e contas em redes sociais que propagam informações falsas sobre as ações de resgate e recuperação dos estragos causados pelas enchentes no RS.
O documento cita diversos exemplos de postagens que viralizaram nas redes sociais, incluindo um vídeo publicado pelo influenciador Pablo Marçal e compartilhado pelo senador Cleitinho Azevedo, além de postagens de outros influenciadores e contas como Pavão Misterious e Tumulto BR.
AGU propõe medidas conjuntas com plataformas digitais
Em 10 de maio, a AGU apresentou às principais plataformas digitais um protocolo de intenções com medidas para combater a desinformação sobre as enchentes no RS. Entre as propostas estão:
Criação de um canal direto de comunicação entre governo e plataformas: Facilitando a notificação de conteúdos falsos e a solicitação de remoção.
Rotulagem de publicações que causem desinformação: Alertando os usuários sobre a veracidade do conteúdo.
Ações conjuntas de checagem de fatos: Colaborando com agências especializadas para identificar e desmentir fake news.
As plataformas digitais se comprometeram a analisar as propostas e apresentar um retorno no início da próxima semana.
Polícia Federal investiga disseminação de fake news
A Polícia Federal (PF) também está atuando no combate à desinformação sobre as enchentes no RS. Um inquérito foi instaurado a pedido do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para investigar a disseminação de notícias falsas relacionadas à tragédia.
O foco inicial da investigação é a recuperação de mensagens deletadas pelos suspeitos e a preservação de todas as manifestações que possam conter conteúdo criminoso. Entre os investigados estão o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o senador Cleitinho Azevedo e o influenciador bolsonarista Pablo Marçal.
Medidas para combater a desinformação são essenciais
A disseminação de notícias falsas sobre as enchentes no RS prejudica os trabalhos de resgate e assistência às vítimas, além de gerar pânico e desinformação na população. As medidas conjuntas do governo federal e das plataformas digitais são essenciais para conter esse problema e garantir que a população tenha acesso a informações confiáveis sobre a tragédia.