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Subsecretária da ONU: legado de Sérgio Vieira deve ser reconhecido

6 mar 2013 - 20h29
(atualizado às 20h31)

Em seu último dia de visita ao Brasil, a subsecretária-geral para Assuntos Humanitários e diretora do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), Valerie Amos, disse que o legado deixado pelo brasileiro Sérgio Vieira de Melo precisa ser reconhecido. Para a chefe humanitária das Nações Unidas, o brasileiro, seu antecessor no cargo, personificava o projeto que a Organização das Nações Unidas (ONU) deve seguir. "Nós o perdemos há dez anos, mas eu penso que o seu legado permanece", disse.

Reconhecido como um homem de ação e adepto do diálogo, Vieira ocupava o posto de secretário-geral adjunto para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, quando foi morto no Iraque, após explosão de um caminhão-bomba, em 2002. A subsecretária lembrou que a obstinação, firmeza e carisma do brasileiro eram seus maiores aliados nas negociações em busca da paz. "Eu penso que o governo brasileiro segue a mesma linha", completou.

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No Brasil, Valerie participou nesta quarta-feira do lançamento da Ação Humanitária Global 2013, no Palácio do Itamaraty. Ela fez um apelo em nome das agências das Nações Unidas e outros organismos humanitários para que os países contribuam com o levantamento de US$ 10,5 bilhões para atender 57 milhões de pessoas em 24 países que sofrem com crises ou emergências. O governo brasileiro se comprometeu em doar US$ 1 milhão ao fundo internacional.

Valerie Amos voltou a destacar que o Brasil tem muito a contribuir com a ajuda humanitária. Especialmente compartilhando a experiência de seus programa de combate à fome e à miséria. "É muito importante perceber o papel que o País tem, não só em termos de contribuição financeira, mas de compartilhar as experiências internas, a exemplo do Fome Zero e da Segurança Alimentar", ressaltou.

A subsecretária considera as situações da Síria, "com 1 milhão de refugiados em países vizinhos e 4 milhões dentro da Síria que são afetados diretamente", da Somália, do Iêmen, Sudão, Afeganistão e Mali como as "mais urgentes".

Ao comentar sobre a situação do Haiti, onde o governo brasileiro lidera uma missão de paz, Valerie acredita que o governo brasileiro é capaz de cuidar dos haitianos refugiados no país e disse que o país caribenho ainda merece atenção especial da comunidade internacional. "É importante prestar atenção nas pessoas que ainda moram em acampamentos e que ainda sofrem com os efeitos do terremoto e do cólera. É preciso olhar para essas pessoas com o pensamento de longo prazo, até que consigam, de fato, reconstruir seu país", frisou.

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Agência Brasil
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