Uma série de erros causou a queda do Viaduto Guararapes, na região norte de Belo Horizonte, de acordo com o laudo oficial da Polícia Civil ao qual o Jornal Nacional teve acesso. A alça Sul da estrutura desabou em 3 de julho, matando 2 pessoas e deixando outras 23 feridas.
Segundo a perícia, houve erro no cálculo das ferragens do bloco de fundação de um dos pilares da estutura, cujo projeto foi realizado pela empresa Consol. O jornal informou também que "os números que correspondiam à carga de sustentação foram transcritos de maneira errada e não foram revisados pela Consol", pela Cowan, executora da obra, ou pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital, órgão vinculado à Prefeitura que estava a cargo da fiscalização da obra.
Além disso, houve um erro na instalação de cabos internos no concreto - que não receberam cobertura de nata de cimento, como previsto -, e 42 buracos feitos no viadutos para viabilizar a passagem de material deixaram a estrutura mais frágil. Por último, o documento aponta que as escoras do Viaduto Guararapes teriam sido muito pressionadas.
Está prevista para esta terça-feira uma reunião entre a Consol, a Cowan e a Prefeitura. A Promotoria de Justiça de Minas Gerais avalia os prejuízos causados aos cofres públicos.
Ninguém foi indiciado pela queda do viaduto até o momento. De acordo com o Jornal Nacional, a Cowan não teve acesso ao laudo, e, por isso, não vai comentar os resultados. A Prefeitura falará sobre o caso apenas após a conclusão do inquérito.
