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Renan: sócio da Precisa burlou o STF para se calar em CPI

Relator da comissão expôs suspeitas a respeito do habeas corpus concedido pela Suprema Corte a Francisco Maximiano

1 jul 2021 - 13h08
(atualizado às 13h10)
Renan Calheiros em sessão da CPI da Covid nesta quinta-feira
Renan Calheiros em sessão da CPI da Covid nesta quinta-feira
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

Em uma sessão tumultuada na CPI da Covid nesta quinta-feira, 1º, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), levantou mais uma nova suspeita envolvendo os trabalhos da Casa.

Segundo o senador, o sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, usou a Polícia Federal para conseguir um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), burlando as ferramentas da Suprema Corte.

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"A Polícia Federal abriu uma investigação para servir de base à concessão desse habeas corpus", acusou Renan.

O relator acusou ainda o dono da farmacêutica de ter ido diretamente ao gabinete de um ministro do STF (sem especificar qual) para "burlar" o sorteio eletrônico que define qual ministro irá analisar o pedido.

"Dessa forma, burlar o STF ao despachar sem submeter [o habeas corpus] ao sorteio eletrônico", detalhou Renan, acrescentando ainda que os fatos ocorreram na semana passada.

"Essa CPI não vai aceitar esse tipo de coisa. Esses genocidas que causaram tanta dor ao Brasil vão ser responsabilizados, sim, haja o que houver", exaltou-se o relator. "Não vai ter impunidade".

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A menção a esta denúncia irritou o governista Marcos Rogério (DEM-RO). Segundo ele, Renan está fazendo uma denúncia grave contra a Polícia Federal, ao o que Renan respondeu que a PF foi "usada" e chamou Rogério de "tumultuador".

Entenda

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, autorizou Maximiano a ficar em silêncio na CPI da Covid em decisão proferida na quarta-feira, 30.

A Precisa Medicamentos está envolvida no contrato de R$ 1,6 bilhão para compra da Covaxin, que foi cancelado pelo Ministério da Saúde depois que suspeitas de corrupção e superfaturamento.

As denúncias vieram à tona através dos depoimentos do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e do irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, que é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e relatou ter sofrido pressão 'atípica' para liberar a compra das doses da vacina indiana.

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A Polícia Federal e a Procuradoria da República no Distrito Federal abriram investigações para apurar se houve irregularidade nas tratativas.

Fonte: Redação Terra
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