O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), protocolou no STF um pedido de prisão preventiva contra Jair Bolsonaro. Ele alega que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares e estaria articulando um plano de fuga, que incluiria o pedido de asilo em embaixadas estrangeiras. Lindbergh afirmou ter conhecimento de mais de uma tentativa de evasão e declarou que assume as consequências da denúncia feita publicamente.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta quinta-feira, 22, que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria preparando um plano de fuga para se abrigar em uma embaixada estrangeira. Com base nessa suspeita e no suposto descumprimento de medidas cautelares, o parlamentar protocolou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela prisão preventiva de Bolsonaro.
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“Eles estão preparando um plano de fuga, de se abrigar em uma embaixada. Digo isso enquanto líder do PT, como deputado desta Casa. Essa denúncia eu faço aqui e assumo as consequências dela”, declarou Lindbergh em entrevista.
Segundo o deputado, o pedido de asilo feito por Bolsonaro à embaixada da Argentina — revelado por investigações da Polícia Federal — reforça os indícios de que o ex-presidente estaria tentando escapar da Justiça. "Em cima da apuração da PF, ele descumpriu medidas cautelares a partir da própria decisão da PF, que apontou o pedido de asilo na embaixada argentina. Estamos somando isso a outras informações que estamos colhendo", afirmou.
Lindbergh também citou a localização da residência de Bolsonaro em Brasília, a poucos minutos da embaixada dos Estados Unidos, como mais um fator de alerta. “Embaixada americana que está a dez minutos da casa de Bolsonaro”, disse.
Para o deputado, a prisão domiciliar e as restrições impostas até agora não são suficientes para evitar o risco de fuga. “Para que haja tranquilidade no momento do julgamento, porque ele é coordenador. Tem mais de uma possibilidade de fuga. Tenho conhecimento de mais de um plano de fuga. Não é teoria da conspiração”, afirmou.
O pedido de prisão preventiva ainda será analisado pelo Supremo Tribunal Federal.