Praça dos Três Poderes amanhece cercada por grades, após ordem de Moraes; veja fotos e vídeo

Bolsonaristas questionam decisão do Ministro do Supremo que determinou retirada de deputados das proximidades; Moraes afirma que quer impedir um novo 8 de Janeiro

26 jul 2025 - 11h15
(atualizado às 12h36)

A Praça dos Três Poderes amanheceu fechada por grades neste sábado, 26, após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a retirada de deputados bolsonaristas do local na noite de sexta-feira, 25. Eles acampavam em protesto contra as medidas aplicadas a Jair Bolsonaro - entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica.

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Pequenos grupos de apoiadores do ex-presidente se reuniram perto das grades que fecham a Praça. Jordana Ferreira, presidente do PL Mulher em Goiânia, estava no local e pediu apoio de outros "patriotas" para ocuparem o espaço. A advogada Taniéli Telles, de Jaraguá do Sul (SC), que representa réus do ataque de 8 de Janeiro, afirmou que a retirada dos deputados e o fechamento do entorno "é prova de que não existe mais democracia".

Ao longo da manhã, diversos turistas passaram pelo local e reclamaram de não poderem entrar na praça. Um grupo de motoqueiros também foi ao local e, em frente ao STF, reclamou da forma como Moraes conduz as investigações sobre a tentativa de golpe.

Na decisão de ontem, Moraes afirmou que o isolamento da Praça dos Três poderes tem o objetivo de evitar um novo ataque, como o de 8 de Janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes, pedindo intervenção militar.

Praça dos Três Poderes foi fechada na madrugada deste sábado.
Praça dos Três Poderes foi fechada na madrugada deste sábado.
Foto: Wilton Júnior / Estadão

"Para garantir a segurança pública e evitar novos eventos criminosos semelhantes aos atos golpistas ocorridos em 8/1/2023, determino a proibição de qualquer acampamento em um raio de 1 km da Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios e, obviamente, em frente aos quartéis das Forças Armadas", determinou.

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Ainda na madrugada, os deputados federais Helio Lopes (PL-RJ) e e Coronel Chrisóstomo (PL-RO) deixaram o local, desfazendo o acampamento que haviam iniciado como forma de protesto a favor de Jair Bolsonaro (PL). O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), foi pessoalmente negociar com os parlamentares.

A expectativa é que, diante da proximidade do julgamento de Bolsonaro e outros réus acusados de planejarem um golpe, a segurança do STF seja reforçada. A expectativa é que o julgamento seja realizado no início de setembro.

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