Por que a defesa de Bolsonaro esperou três dias para pedir a revogação da prisão domiciliar

Aliados apostavam em pressão política sobre Moraes; advogados querem decisão referendada em plenário presencial

6 ago 2025 - 21h57
(atualizado às 22h46)
Ex-presidente Jair Bolsonaro no aeroporto de Congonhas, em São Paulo
24/03/2025
REUTERS/Amanda Perobelli
Ex-presidente Jair Bolsonaro no aeroporto de Congonhas, em São Paulo 24/03/2025 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O Terra ouviu interlocutores próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a demora de três dias da defesa para solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a reforma da decisão que levou à sua prisão domiciliar.

Integrantes da oposição revelaram que havia a expectativa de que a pressão política pudesse influenciar a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Segundo um parlamentar ouvido sob condição de anonimato, os advogados que representam Bolsonaro chegaram a procurar Moraes informalmente, para solicitar a revogação da medida.

Publicidade

No Senado, parlamentares liderados por Ciro Nogueira (PP-PI) também atuaram em favor de Bolsonaro, buscando uma saída institucional para o impasse.

A defesa critica as restrições impostas ao ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de usar telefone e outras medidas cautelares. Os advogados argumentam que “em momento algum Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos ou privados”. Ressaltam ainda que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, “deve passar por referendo em plenário físico”.

Conduzida pelo advogado Celso Vilardi, a defesa pede ao STF que “seja revogada a prisão domiciliar, tendo em vista que, conforme demonstrado, não houve descumprimento das medidas cautelares impostas". Também pedem que a decisão "que decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro seja submetida com urgência a referendo em ambiente presencial”.

Caso o relator não reconsidere a decisão, a equipe jurídica solicita que o agravo regimental seja apreciado pela Primeira Turma do Supremo, reiterando os mesmos pedidos.

Publicidade
Fonte: Redação Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se