O Terra ouviu interlocutores próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a demora de três dias da defesa para solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a reforma da decisão que levou à sua prisão domiciliar.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Integrantes da oposição revelaram que havia a expectativa de que a pressão política pudesse influenciar a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Segundo um parlamentar ouvido sob condição de anonimato, os advogados que representam Bolsonaro chegaram a procurar Moraes informalmente, para solicitar a revogação da medida.
No Senado, parlamentares liderados por Ciro Nogueira (PP-PI) também atuaram em favor de Bolsonaro, buscando uma saída institucional para o impasse.
A defesa critica as restrições impostas ao ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de usar telefone e outras medidas cautelares. Os advogados argumentam que “em momento algum Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos ou privados”. Ressaltam ainda que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, “deve passar por referendo em plenário físico”.
Conduzida pelo advogado Celso Vilardi, a defesa pede ao STF que “seja revogada a prisão domiciliar, tendo em vista que, conforme demonstrado, não houve descumprimento das medidas cautelares impostas". Também pedem que a decisão "que decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro seja submetida com urgência a referendo em ambiente presencial”.
Caso o relator não reconsidere a decisão, a equipe jurídica solicita que o agravo regimental seja apreciado pela Primeira Turma do Supremo, reiterando os mesmos pedidos.