Policial diz que 'estavam com Moraes na mira para atirar' em áudio, diz PF

Polícia Federal obteve mensagem em inquérito que apura tentativa de golpe de Estado

25 fev 2025 - 12h29
(atualizado às 15h33)
Moraes determina que Rumble indique representante legal no País; empresa mira ministro em ação judicial nos EUA
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Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

A Polícia Federal encontrou uma mensagem enviada pelo agente da PF Wladimir Soares em que ele fala sobre o plano de assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após as eleições de 2022. As informações são da CNN Brasil.

O áudio faz parte do material que foi apreendido com os 40 indiciados por envolvimento na trama golpista, que tentava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023.

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O áudio está sob sigilo judicial, mas foi divulgado pela emissora. Na gravação, o policial diz a colegas que “estavam com Moraes na mira para atirar”. Soares também afirma qual arma seria usada nas mensagens.

O agente da PF foi preso em novembro de 2024 após ser acusado de ter se infiltrado na segurança de Lula na época, com o objetivo de passar informações sensíveis ao grupo investigado. Ele também foi acusado de integrar o grupo de cinco pessoas que cometeriam o assassinato de autoridades.

A prisão de Wladimir Soares foi autorizada pelo STF após o material passar por análise. O conteúdo estava em posse de Sérgio Rocha Cordeiro, capitão da reserva do Exército e ex-assessor especial do Gabinete Pessoal da Presidência da República.

Segundo a investigação, Soares repassou detalhes estratégicos sobre o esquema de segurança de Lula. A PF acredita que isso seria parte do plano de assassinato.

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A Operação Contragolpe da PF desarticulou um plano para que, dentro da trama golpista, o ministro Moraes, Lula, e seu vice, Geraldo Alckmin, fossem “neutralizados” por militares das Forças Especiais do Exército, segundo a PF. Quatro militares e Wladimir Soares foram presos.

O relatório da PF dá detalhes sobre como o grupo iria agir, com militares em frente ao prédio onde o ministro morava na época, na Asa Sul, em Brasília, “de prontidão para o ato”.

A análise desse e de outros áudios será enviada ao STF em um relatório complementar, para que o ministro relator levante o sigilo. À CNN, a defesa de Soares informou que ainda não teve acesso a todos os áudios do caso.

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Fonte: Redação Terra
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