Lula evita comentar prisão de Bolsonaro e reforça confiança na Suprema Corte: 'Decidiu, está decidido'

O presidente respondeu a jornalistas sobre o assunto em coletiva durante a Cúpula do G20, na África do Sul

23 nov 2025 - 09h44
(atualizado às 09h50)
Resumo
Lula evitou comentar a prisão de Bolsonaro, reafirmou confiança no STF e destacou que as decisões da Justiça brasileira devem ser respeitadas, enquanto o ex-presidente foi preso preventivamente por violar regras da prisão domiciliar.
O presidente Lula está na África do Sul onde cumpre agenda na Cúpula do G20
O presidente Lula está na África do Sul onde cumpre agenda na Cúpula do G20
Foto: Reprodução/Canal Gov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preferiu não elaborar um longo comentário sobre a prisão de seu principal opositor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em coletiva à imprensa durante a Cúpula do G20, na África do Sul, neste domingo, 23, Lula disse confiar no que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir.

"Eu não faço comentário sobre uma decisão da Suprema Corte. A Justiça tomou uma decisão, ele foi julgado, ele teve todo direito à presunção de inocência. Foram praticamente dois anos e meio de investigação, de julgamento. A Justiça decidiu, está decidido, ele vai cumprir com a pena que a Justiça determinou. Todo mundo sabe o que ele fez", afirmou Lula.

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Um jornalista questionou o presidente sobre o que ele achava do comentário feito por Donald Trump, chefe de Executivo dos Estados Unidos, sobre a prisão de Bolsonaro. "O Trump tem que saber que somos um país soberano, o que a nossa justiça decide e o que decide aqui, tá decidido", disse o brasileiro.

Prisão de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente neste sábado, 22, em Brasília (DF), pela Polícia Federal em cumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão é uma medida cautelar. Ou seja, ainda não se trata do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de prisão à qual foi condenado no julgamento da trama golpista. 

Veja cela especial onde Bolsonaro ficará na Superintendência da PF
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O ex-presidente, que já estava em prisão domiciliar, foi levado à sede da PF. Ele ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para figuras de alto escalão da política. 

Segundo a decisão assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar foi apresentada como um dos fatos novos para a definição da medida cautelar. Além disso, foi exposto que Bolsonaro violou sua tornozeleira eletrônica na madrugada de sábado.

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Veja o diálogo entre Jair Bolsonaro e polícia
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"O tumulto causado pela reunião ilícita de apoiadores do réu condenado tem alta possibilidade de colocar em risco a prisão domiciliar imposta e a efetividade das medidas cautelares, facilitando eventual tentativa de fuga do réu", diz o documento com a data deste sábado. 

O texto cita ainda outros apoiadores de Bolsonaro que deixaram o país para evitar o cumprimento de decisões judiciais, a exemplo dos deputados federais Carla Zambelli (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). O segundo, inclusive, foi condenado no mesmo processo que o ex-presidente e há indícios de que está nos Estados Unidos.  

Fonte: Portal Terra
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