Lula descarta que América Latina viva um ciclo de decadência

3 jul 2014 - 17h53

São Paulo, 3 jul (EFE) - O ex-presidente Luiz Lula da Silva descartou nesta quinta-feira a existência de um ciclo de decadência nos países da América Latina e defendeu os processos políticos na Argentina, na Venezuela, na Bolívia e na Colômbia.

"Não vejo nenhuma decadência na América Latina, que nunca antes em sua história viveu em estabilidade como vive hoje", afirmou em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira com correspondentes estrangeiros em São Paulo.

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Lula respaldou o governo argentino de Cristina Kirchner na disputa com os fundos de investimento conhecidos como "abutres".

"Desde que Néstor Kirchner assumiu, em 25 de maio de 2003 que escuto dizer que a Argentina vai a quebrar. O fato é que é um país extraordinário que está conversando sobre o tema da dívida", disse Lula.

Ele também elogiou o presidente da Bolívia, Evo Morales, por ter estabilizado a economia do país andino e ter conseguido acumular reservas internacionais de US$ 15 bilhões, "o que representa quase a metade de seu PIB".

Sobre a Venezuela, disse que existe um "pessimismo louco" contra o governo de Nicolás Maduro apesar do potencial do país. "A Venezuela pode ter problemas, cometer erros, não deixar subir a inflação, interferir no câmbio, mas tem um potencial extraordinário", comentou.

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O ex-presidente também aplaudiu a reeleição de Juan Manuel Santos à presidência da Colômbia por promover o diálogo de paz com a guerrilha das Farc.

"Com esse acordo estaremos livres do único foco de violência, estaremos livres de tudo em nossa querida América do Sul", disse, esperançoso.

  
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