Lula diz que tribunais proibiram o povo de votar livremente

Na carta, o ex-presidente afirmou ainda que a condenação dele foi uma farsa judicial.

11 set 2018 - 18h01
(atualizado às 18h10)

Em carta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que os tribunais do país proibiram o povo brasileiro de votar livremente e pediu apoio ao ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.Preso em Curitiba desde abril, Lula está impedido de concorrer à Presidência da República por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Haddad vai substituí-lo, com Manuela D'Ávila, do PCdoB, como candidata a vice-presidente.

Faixa em apoio a Lula
Faixa em apoio a Lula
Foto: ANSA / Ansa

Na carta, o ex-presidente afirmou ainda que a condenação dele foi uma farsa judicial.

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"Há mais de cinco meses estou preso injustamente. Não cometi nenhum crime e fui condenado pela imprensa muito antes de ser julgado. Continuo desafiando os procuradores da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o TRF-4 a apresentarem uma única prova contra mim, pois não se pode condenar ninguém por crimes que não praticou, por dinheiro que não desviou, por atos indeterminados", disse Lula na carta, lida em Curitiba, durante vigília em apoio ao ex-presidente.

"Minha condenação é uma farsa judicial, uma vingança política, sempre usando medidas de exceção contra mim", disse Lula, acrescentando que talvez não estivesse preso se aceitasse abrir mão da candidatura.

"Por isso, quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que votem no companheiro Fernando Haddad para presidente da República", afirmou.

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