CCJ rejeita pedido de aliados de Cunha para adiar recurso

12 jul 2016 - 21h32
Foto: Lula Marques/ AGPT

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rejeitou o pedido de aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)  para adiar a discussão e votação do parecer sobre o recurso de Cunha contra a decisão do Conselho de Ética, que pediu a cassação do mandato do peemedebista. O requerimento, protocolado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos integrantes da tropa de choque de Cunha, queria o adiamento da discussão por dez dias úteis.

Com a recusa do pedido, a reunião da CCJ continuará hoje (12) com a discussão do parecer do relator, Ronaldo Fonseca (PROS-DF). O presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR), anunciou que a reunião permanecerá até o início da Ordem do Dia, com as votações em plenário. De acordo com Serraglio, o colegiado irá debater o parecer na manhã desta quarta-feira (13) com a continuidade da discussão e possível votação. Adversários do peemedebista defendem que o recurso seja votado antes do recesso parlamentar, previsto para começar no dia 17.

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Defesa Cunha

Pouco antes da votação do requerimento, Cunha falou por mais de duas horas. Ele começou sua defesa criticando o processo no Conselho de Ética e afirmando ser vítima de perseguição política. "Foi um processo político que começou com a minha eleição em primeiro turno, em que derrotei o candidato da presidenta afastada [Dilma Rousseff] e em que derrotei o candidato da oposição", disse Cunha.

Reunião CCJ

A reunião começou com a leitura da complementação de voto apresentada pelo relator do recurso, em que negou o pedido de aditamento de Cunha. No pedido, Cunha queria que o processo retornasse ao Conselho de Ética com o argumento de que o fato de ser presidente da Câmara foi "determinante" para a análise da representação no conselho. Fonseca argumentou que o pedido não apresentou elementos que comprovassem que as regras regimentais tivessem sido desrespeitadas. A estratégia dos aliados de Cunha tem sido protelar o desfecho do processo. Logo após a fala do relator Ronaldo Fonseca, o deputado Carlos Marun pediu vistas do processo, como forma de encerrar a sessão. O pedido foi negado pelo presidente do conselho, Osmar Serraglio (PMDB-PR).

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Agência Brasil
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