Justiça do RJ afasta novamente deputado estadual acusado de 'rachadinha'

Marcos Muller, do União Brasil, teria retornado às atividades parlamentares em janeiro deste ano, após conseguir uma liminar, já derrubada

18 set 2025 - 09h45
(atualizado às 10h22)
Resumo
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afastou novamente o deputado estadual Marcos Muller por descumprir medidas cautelares relacionadas a acusações de envolvimento em esquema de "rachadinha", confirmando sua impossibilidade de exercer o mandato.
O deputado Marcos Muller (União Brasil) é suspeito de liderar um esquema de "rachadinha"
O deputado Marcos Muller (União Brasil) é suspeito de liderar um esquema de "rachadinha"
Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou, na quarta-feira, 17, o afastamento imediato do deputado estadual Marcos Muller (União Brasil) das atividades legislativas. O parlamentar já estava proibido de assumir ou exercer cargos públicos desde 2023, mas o Ministério Público do Estado (MPRJ) denunciou o descumprimento da medida cautelar por Muller, que vinha participando normalmente das sessões legislativas. 

O deputado é investigado em uma ação penal junto com outros 12 réus por suposta participação em organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro através do esquema conhecido como “rachadinha”, a partir de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Muller é acusado de, entre 2016 e 2019, receber parte dos salários de seus servidores de volta.

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Em decisão de 1ª instância, Marcos Muller tinha perdido o mandato. Mas, em janeiro deste ano, ele retornou ao Legislativo após obter liminar em habeas corpus que suspendeu temporariamente as cautelares. 

A liminar, no entanto, foi cassada em junho de 2025, quando o mérito do habeas corpus foi julgado. Em desacordo com essa decisão, o parlamentar continuou exercendo o mandato. A determinação do TJRJ desta semana restabelece as cautelares e confirma a impossibilidade de Muller prosseguir no exercício do cargo junto ao Poder Legislativo.

O Terra tenta contato com a assessoria do deputado para que se manifeste sobre o caso. Caso haja retorno, o texto será atualizado.

Além do afastamento de Muller, o colegiado rejeitou pedidos de três rés do processo para revogar medidas cautelares, mantendo restrições como comparecimento periódico à Justiça, proibição de contato com testemunhas e de acesso a prédios públicos em São João de Meriti e no Estado do Rio. 

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Fonte: Portal Terra
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