A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta quinta-feira seu colega uruguaio Tabaré Vázquez, que realiza em Brasília a primeira visita bilateral de seu segundo mandato, centrada em assuntos bilaterais e a falta de liberdade comercial que atinge o Mercosul.
Por ser visita de Estado, a mais alta na diplomacia, Tabaré passou pela revista às tropas e subiu a rampa do palácio, onde desde uma varanda assistiu a um desfile militar ao lado de Dilma Rousseff.
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Após a cerimônia, ambos líderes se dirigiram ao escritório de Dilma, onde terão uma reunião privada, à qual se unirão depois ministros de ambos governos.
A agenda deste primeiro contato oficial entre Dilma e Vázquez inclui assuntos bilaterais, mas também uma revisão do estado do Mercosul e das normas que impedem aos membros do bloco negociar acordos comerciais em forma individual.
Uruguai e Paraguai, considerados os "menores membros" do bloco, exigem flexibilizar essas normas há anos e encontraram eco agora no Brasil, que também sugeriu revisar essas limitações, apesar da oposição da Argentina.
A Venezuela, quinto membro pleno do bloco desde 2011, ainda não conclui sua plena adaptação às normas comerciais e não participa das negociações conjuntas.
Dilma e Vázquez também discutirão iniciativas para melhorar a integração física nas zonas fronteiriças e novas fórmulas para potencializar o comércio entre ambos países, que no ano passado alcançou a marca histórica de US$ 4,9 bilhões.
Após essa reunião, ambos líderes farão uma declaração perante a imprensa e compartilharão um almoço no Palácio do Itamaraty, sede da Chancelaria brasileira, que suporá a última atividade oficial da visita do presidente do Uruguai.
Vázquez, o primeiro socialista que chegou ao poder no Uruguai, governou entre 2005 e 2010 e foi reeleito para um novo mandato que iniciou em 1 de março, quando substituiu a seu correligionário José Mujica.
Em seu primeiro período presidencial, Vázquez também escolheu Brasil para sua primeira visita bilateral e foi recebido em 1 de abril de 2005 com uma cerimônia similar pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e mentor político de Dilma.
