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Delatores estão presos e delatados, soltos, diz Wesley à CPI

8 nov 2017 - 11h39
(atualizado às 11h44)
Wesley Batista, presidente da JBS, maior processadora de carnes do mundo, deixa sede da Polícia Federal para dar depoimento à Justiça Federal em São Paulo, Brasil
13/09/2017
REUTERS/Leonardo Benassatto
Wesley Batista, presidente da JBS, maior processadora de carnes do mundo, deixa sede da Polícia Federal para dar depoimento à Justiça Federal em São Paulo, Brasil 13/09/2017 REUTERS/Leonardo Benassatto
Foto: Reuters

O empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS, afirmou nesta quarta-feira, no início do depoimento na CPI mista que investiga operações feitas pelo grupo J&F, que não se arrepende de ter colaborado com a Justiça brasileira, mas avisou que iria permanecer em silêncio durante o interrogatório, destacando que delatores estão presos e delatados soltos.

"Não me arrependo de ter decidido colaborar com a Justiça brasileira. Quando resolvemos fazer acordo --por sinal, o mais eficaz feito até agora no país-- não tínhamos ideia do quanto isso afetaria nossas vidas e de nossas famílias. Não é fácil, é solitário, dá medo e causa muita apreensão", disse ele, que está preso preventivamente sob acusação de ter usado informações privilegiadas do acordo de delação premiada para obter lucros financeiros.

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"Hoje, na condição em que me encontro, descobri que é um processo imprevisível e inseguro para quem decide colaborar. Mas eu sigo acreditando na Justiça brasileira. Acredito que estamos vivendo um profundo retrocesso naquilo que eu imaginava ser um avanço. O que estamos vendo são delatores serem perseguidos por verdades que disseram. Delatores fizeram o Brasil se olhar no espelho. Mas, como ele não gostou do que viu, delatores estão presos e delatados estão soltos", acrescentou.

Wesley disse que, por recomendação dos advogados, vai permanecer em silêncio e alegou estar preso por um crime que jamais cometeu e que tampouco descumpriu o acordo de delação premiada.

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