Foi deflagrada nesta quinta-feira, 28, a Operação Carbono Oculto, que visou desarticular um esquema de fraude de combustível envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais facções criminosas do país.
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A operação foi deflagrada por mais de 1.400 agentes para cumprir 248 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Foram apreendidos 3 mil documentos e centenas de computadores e HDs que serão periciados pelos investigadores.
O esquema envolvia postos de combustíveis, estabelecimentos e fintechs.
Na operação, considerada a maior já realizada para contra infiltração do crime organizado na economia formal, envolveu o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o Ministério Público Federal, Polícia Federal, Polícias Civil e Militar, Receita Federal do Brasil, Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE/SP).
Segundo João Paulo Gabriel, promotor do Ministério Público de São Paulo, é necessário desarticular o grupo criminal. E, para isso, deve-se ocorrer "principalmente via patrimonial".
"A operação de hoje vai ter seu objetivo cirúrgico, de detectar, mapear, provar que a rede está conectada em toda a cadeia do combustível", explicou, "para identificar quem são os beneficiários finais, aonde que o dinheiro está alocado, as formas de lavagem de dinheiro, para a partir daí, cada órgão, cada sua esfera, cada sua especialidade, poder atuar e responsabilizar o grupo".
Agora, a investigação deve avançar para realizar a eventual responsabilização criminal dos responsáveis. Entre os crimes do esquema, estão crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato.