Mulher persegue padre após ser rejeitada e acaba condenada a pagar multa de R$ 40 mil

Investigada tentou se envolver amorosamente com a vítima; caso ocorreu em Criciúma (SC)

22 ago 2025 - 20h40
(atualizado às 22h21)
Resumo
Mulher de Imbituba foi condenada a pagar R$ 40 mil à Diocese de Criciúma após perseguir e difamar um padre nas redes sociais, com o valor destinado a uma instituição de reintegração social.
Polícia Civil e Diocese de Criciúma comentaram o caso de perseguição em SC
Polícia Civil e Diocese de Criciúma comentaram o caso de perseguição em SC
Foto: Divulgação/Diocese de Criciúma

Uma mulher foi condenada a pagar R$ 40 mil de multa à Diocese de Criciúma após ser indiciada por perseguição. A Polícia Civil de Santa Catarina informou que a investigada iniciou uma série de ofensas contra um padre da igreja em julho de 2024. 

Segundo a investigação, ela tentou se envolver amorosamente com Joel Savio, atual reitor do Santuário Diocesano Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Veneza. Depois de ser rejeitada, ela passou a difamá-lo nas redes sociais. 

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A mulher usou as redes sociais para divulgar imagens supostamente comprometedoras do padre. De acordo com a investigação, os conteúdos envolviam prints de conversas manipuladas e acusações falsas sobre o uso indevido de recursos da igreja. 

Em agosto, a Polícia Civil realizou a Operação Pax Mentis, na qual apreendeu três celulares na casa da suspeita, em Imbituba. “Ela vinha praticando uma série de atos [ilícitos]. Eram três aparelhos celulares de última geração para criar e divulgar os materiais, inclusive envolvendo outros padres para descredibilizar a vítima na própria igreja”, disse o delegado Márcio Neves.

Em depoimento, ela confirmou que inventou narrativas ligadas ao padre após ter sido rejeitada pelo sacerdote. A investigada firmou um acordo no qual se comprometeu a realizar uma confissão formal, além do pagamento de uma indenização de R$ 40 mil.

A Diocese de Criciúma informou que o montante já foi pago e será destinado integralmente para a Casa do Egresso, instituição que acolhe pessoas que deixaram o sistema prisional para reintegrá-las na sociedade.

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"Padre Joel poderia ficar com esse valor, já que foi a principal vítima, mas, desde que iniciamos as conversas, ele se mostrou disposto a doar o valor para alguma causa social de nossa diocese e assim o fez", afirmou Dom Jacinto Flach, bispo da Diocese de Criciúma.

A mulher ficou proibida de falar sobre a vítima, sobre qualquer padre ou bispo da Diocese de Criciúma. Além disso, ela não pode manter contato com nenhum sacerdote pelos próximos dois anos. Caso descumpra as determinações, ela terá que pagar multa de 20 salários mínimos.

Fonte: Redação Terra
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